Deputados da base governista realizam coletiva de imprensa. Ao centro, líder do PT, dep. Afonso Florence (BA). |
Brasília – As bancadas do PT e do PCdoB na Câmara lançaram na tarde de ontem (11), um movimento chamado “Temer, o ilegítimo”, em oposição ao governo provisório do vice-presidente Michel Temer. Os petistas enfatizaram que, após 13 anos como governistas, não se esqueceram como fazer oposição e que adotarão uma linha firme contra o peemedebista, chamado repetidas vezes de “golpista”. A tendência de atuação das bancadas será de obstrução aos projetos enviados pelo novo governo.
Enquanto poucos deputados participavam de uma sessão não deliberativa no plenário, os novos oposicionistas organizaram um ato no Salão Verde da Câmara, com cartazes dizendo “Temer não será presidente. Será sempre golpista” e “Fora Temer. Cunha jamais. Fica Dilma”. Os parlamentares se revezaram no microfone com palavras de ordem enfatizando que Temer não será reconhecido como presidente da República.
“Seremos oposição firme a Michel Temer. Não o chamaremos de presidente. E vamos avaliar as medidas dele criticamente”, avisou a deputada Maria do Rosário (PT-RS).
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) disse que a assinatura de Temer não terá valor porque o peemedebista não teve nenhum voto para chegar à Presidência da República. “Não reconheceremos nenhuma assinatura dele”, completou o deputado. A nova oposição tende a obstruir as matérias enviadas por Temer ao Congresso e anunciou que vai analisar cada caso, mesmo que as medidas sejam parecidas com as defendidas pelo governo Dilma Rousseff. O argumento para a rejeição às medidas do futuro governo Temer é que Dilma tinha a legitimidade das urnas para enviar projetos e o peemedebista não (AE).