O sindicato dos professores estima que 8 mil pessoas participaram da assembleia no vão livre do Masp. |
Às vésperas de completar três meses de paralisação, os professores da rede pública estadual de São Paulo decidiram, em assembleia realizada no vão-livre do Masp, suspender a greve que teve início no dia 13 de março. Eles reivindicam reajuste salarial de 75,33%. A greve foi suspensa apesar do governo paulista não ter apresentado qualquer proposta de reajuste aos grevistas.
A decisão provocou muita divisão entre os professores. Pela manhã, o conselho do Sindicato dos Professores (Apeoesp) havia decidido, em reunião, levar para a assembleia a suspensão da greve, com a manutenção da mobilização, pedindo apoio inclusive de outros movimentos tais como o MST. Um grupo de professores, de outra corrente política, protestou muito contra o fim da greve, com vaias e gritos como “Não tem arrego” e “A greve continua”. No entanto, a suspensão foi aprovada pela imensa maioria dos professores presentes ao ato. Esta é considerada a maior greve da história do sindicato, que representa cerca de 180 mil professores e é um dos maiores da categoria em toda a América Latina (ABr).