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Ministro defende presença do setor privado na questão do saneamento

em Manchete
quinta-feira, 21 de março de 2019
Ministro temproiario

Ministro temproiario

Ministro Ricardo Salles, em evento comemorativo do Dia Mundial da Água.

Foto: Tânia Rêgo/ABr

O setor público não tem condições financeiras de solucionar o problema de saneamento do Brasil, disse ontem (21) o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ao participar do seminário em comemoração ao Dia Mundial da Água, no Rio de Janeiro. Para ele, não haverá melhorias na qualidade urbana, sobretudo, no saneamento, se não for definido um arcabouço regulatório, convidativo à participação do setor privado.
“Nós temos um problema de saneamento gigantesco em todo o Brasil. Não há recursos na área pública para fazer isso e, tampouco, agilidade e a estrutura para que isso chegue a contento em um curto espaço de tempo. É preciso transferir uma parcela significativa desse encargo para a participação do setor privado”, disse, ao defender mais pragmatismo nas discussões dessa agenda, acrescentando que é necessário reconhecer os problemas, traçar uma estratégia e perseguir.
Ricardo Salles criticou ainda o funcionamento das agências reguladoras. “O estado brasileiro cresceu demais, inchou demais e nem, por isso, significou qualidade dos serviços. Isso se reflete em várias das agências regulatórias, nos vários braços estatais nos diversos níveis dos municípios, dos estados e do governo federal. Hoje tem um inchaço da máquina com um custo de manutenção gigantesco e uma verba para investimento quase inexistente”, afirmou.
Segundo Salles, o Brasil deixou para trás temas como tratamento do lixo, resíduos, saneamento e diversos outros temas que são o principal termômetro que demonstram o subdesenvolvimento no país. “Quando se fala de temas como em desmatamento da Amazônia e mudança climática, do outro lado da rua, há criança brincando em um córrego sem tratamento de esgoto, o lixo sendo descartado de maneira absolutamente irregular, aterros [que são] verdadeiros lixões Brasil afora” (ABr).