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Meirelles: reforma da Previdência é a próxima etapa do ajuste fiscal

em Manchete
terça-feira, 08 de novembro de 2016
José Cruz/ABr

José Cruz/ABr

Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles reafirmou que a reforma da Previdência será a próxima medida para o governo a enfrentar o desequilíbrio fiscal do governo após a aprovação da PEC do Teto de Gastos no Senado. “O que está acontecendo no Rio de Janeiro é didático”, disse, referindo-se ao estado que propôs medidas para aumentar a contribuição previdenciária para enfrentar os problemas de caixa.
Com as regras atuais, os gastos do governo, incluindo o crescimento das despesas do INSS, tornariam as contas do governo insustentáveis. “É necessário garantir que os programas de assistência social sejam para os que realmente precisam. Estão fazendo um pente fino e é bom ver os problemas”, disse. O ministro voltou destacar que o país está vivendo a maior recessão do momento da história. A partir da identificação desse fator, foi possível estabelecer uma base realista para construir a retomada do crescimento do país. “A crise é muito séria mas as medidas tomadas são decisivas e devidas há vários anos”, disse.
Meirelles lembrou que o o problema central é o crescimento das despesas primárias do Governo Central. Nenhum governo fez reduções, desde os anos 1990, desses valores em proporção ao PIB. Ele destacou ainda as intervenções feitas nos governos passados em alguns setores, com impactos nos preços da gasolina e da energia elétrica, que “provocaram certos desarranjos na economia”. Nos últimos anos, além do desequilíbrio estrutural da despesa, o orçamento público foi sobrecarregado pelos impactos de intervenções mal sucedidas do governo federal na economia.
“Desde o início da década de 90 , nenhum governo reduziu a despesa primária do Governo Central como proporção do PIB. De 2007 a 2015 , em termos reais, a despesa primária do Governo Central cresceu o triplo do PIB”, disse. Somente de 2012 a 2015, a despesa primária do Governo Central passou de 17,3% para 19,5% do PIB, ressaltou (ABr).