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Informalidade no mercado de trabalho é recorde, aponta IBGE

em Manchete
quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Houve discreto aumento no número de pessoas ocupadas no país, que chegou a 93,8 milhões no trimestre encerrado em setembro, um aumento de 0,5% na comparação com o trimestre encerrado em junho, equivalente a 459 mil pessoas, e de 1,6% na comparação anual. Porém, o contingente de pessoas que conseguiu trabalho no período está em condição de informalidade, que atingiu um recorde da série histórica, iniciada em 2012, chegando a 41,4% da força de trabalho ocupada no Brasil. É o que apontam os dados da pesquisa divulgada ontem (31), pelo IBGE

A taxa de desocupação caiu de 12% para 11,8% entre o trimestre terminado em junho e o terminado em setembro, somando 12,5 milhões de pessoas. No terceiro trimestre de 2018 a taxa ficou em 11,9%. Essas pessoas estão se inserindo no mercado na condição de trabalhadores por conta própria e de empregados no setor privado sem carteira assinada.

O número de empregados que trabalham no setor privado sem a carteira assinada chegou a 11,8 milhões de pessoas, um aumento de 2,9% na comparação com o trimestre anterior e de 3,4% em relação ao terceiro trimestre de 2018. A categoria trabalhadores por conta própria também apresentou recorde na série histórica, com 24,4 milhões de pessoas nesta condição, um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 4,3% no mesmo período do ano passado. Desse total, 4,9 milhões tem CNPJ, ou seja, registro como empresa, e 19,5 milhões não têm.

Com o crescimento da informalidade, os dados apontam uma estagnação do rendimento médio habitual, fechando o período analisado em R$ 2.298, ante R$ 2.297 no trimestre anterior e R$ 2.295 no terceiro trimestre do ano passado. A diminuição contínua da proporção da população ocupada que contribui para a Previdência, que passou de 62,8% no trimestre terminado em junho para 62,3% no período terminado em setembro, somando 58,5 milhões de pessoas. No mesmo período de 2018, a taxa era de 63,7%. O mercado de trabalho está mostrando recuperação, porém sem o “fôlego” necessário para retomar os patamares observados até 2014 (ABr).