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Fiesp: medidas “são ruins”; Febraban: aposta em equilíbrio fiscal

em Manchete
terça-feira, 15 de setembro de 2015

Divulgação

Presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, criticou a decisão do governo de propor a recriação da CPMF para elevar a arrecadação em 2016. O projeto precisará ser aprovado pelo Congresso. Já a Febraban disse que as medidas “refletem o compromisso do governo em promover o equilíbrio fiscal, condição indispensável para abrir caminho para a retomada do desejado crescimento da economia do país”
Para Skaf, as medidas anunciadas “são ruins para a sociedade” e o governo “não cortou na carne” para fazer o ajuste fiscal necessário. “O ajuste fiscal é uma miragem”, disse, em entrevista na sede da Fiesp. “O governo não cortou na carne, faltou transparência e clareza na apresentação das medidas e criou novos impostos. O ministro Levy falou em prorrogação da CPMF, mas ele deveria saber que se prorroga algo que está em vigor, mas a CPMF foi encerrada pelo Senado e rejeitada pela sociedade em dezembro de 2007. Lamentavelmente, as notícias são ruins para a sociedade brasileira”, disse. “A CPMF vai pesar no bolso de todo mundo”, acrescentou.
O ministro Joaquim Levy disse que o tributo terá alíquota de 0,2% sobre transações bancárias. Segundo o ministro, a previsão é de uma arrecadação de R$ 32 bilhões. O dinheiro será destinado para cobrir gastos com a Previdência Social. Na avaliação de Skaf, os cortes significam apenas “transferência de fonte de recursos”. “O que era do Tesouro passou para o FGTS. O que era do Tesouro foi para as emendas parlamentares. Foi um tipo de pedalada”, disse. “Não houve sacrifício do governo. Houve sim transferência do problema mais uma vez para a sociedade” (ABr).