82 views 2 mins

Denúncias contra Temer causaram ‘prejuízo político’ ao governo

em Manchete
quinta-feira, 17 de maio de 2018
Fabio Rodrigues/ABr

Fabio Rodrigues/ABr

Ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Brasília – As denúncias feitas pelo executivo Joesley Batista, em maio de 2017, que envolveram o presidente Temer, trouxeram prejuízo político para o governo e também para a aprovação da reforma da Previdência. A afirmação foi feita ontem (17), pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, quando questionado sobre a influência dessas denúncias na política e economia do País.
“Não posso ignorar que isso trouxe prejuízo político para o governo porque, durante algum tempo, tivemos de gastar energia para fazer com que o Congresso se ocupasse da análise e da negativa de autorização para que o presidente não fosse processado. O fato não existia, isso foi esclarecido e o Congresso não recebeu a denúncia”, afirmou. Padilha reconheceu que, mesmo com a recusa da denúncia por parte da Câmara, o episódio trouxe prejuízos porque se perdeu tempo analisando o tópico.
“A reforma da Previdência estava praticamente aprovada quando esse tópico veio à luz. Se a tivéssemos aprovado, seguramente a situação fiscal brasileira e a projeção de crescimento do PIB teria sido muito diferente. Então, houve prejuízo na aprovação da reforma da Previdência”, enfatizou o ministro que aproveitou para defender a necessidade da reforma, ao dizer que “não se pode pensar em estabilidade fiscal no Brasil sem ter coragem de se enfrentar a questão previdenciária”.
Ele lembrou que mais de 50% do orçamento da União hoje está comprometido com a seguridade social, especificamente com a Previdência. “Temos de seguir no rumo da reforma”, afirmou, lembrando que talvez não seja possível mais fazer no governo Temer, em razão da intervenção na área de segurança do Rio de Janeiro. Mas, destacou, o próximo governo terá de debater e ter propostas para a questão. “Como ocorreu em outras nações do mundo, que tiveram que enfrentar esse tópico, nós teremos de enfrentar”, afirmou (AE).