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Varejo espera crescer 5% em vendas de materiais escolares

em Manchete
quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

A melhora gradual da conjuntura econômica somada a algumas ações pontuais, como campanhas de renegociação de dívidas e a liberação dos recursos do FGTS contribuíram para aliviar o bolso do brasileiro neste início de ano.

O setor varejista do estado de São Paulo espera um crescimento de até 5% nas vendas de materiais escolares no período de volta às aulas de 2020. De acordo com o setor, que atende ao consumidor final, o gasto médio deverá ser de R$ 200 a R$ 300. Os dados, divulgados ontem (16), são da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado.

“A economia brasileira deve crescer cerca de 2,2%. Dessa maneira, podemos prever um cenário positivo para os lojistas durante este ano, pois o período de volta às aulas pode ser considerado a primeira oportunidade do ano para o aumento das vendas”, explica o presidente da federação, Maurício Stainoff.

De acordo com a entidade, os investimentos em descontos e promoções serão as principais táticas dos lojistas para aumentarem as vendas. A federação avalia ainda que o comércio virtual poderá colaborar no aumento das vendas do varejo, já que as lojas virtuais cresceram 12% em 2019.

Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que o volume de brasileiros com contas em atraso caiu pelo segundo mês seguido e encerrou o ano de 2019 com uma pequena queda de -0,2% na comparação com o ano anterior. A título de comparação, em 2018 o indicador havia encerrado o ano com uma alta expressiva de 4,4% no número de inadimplentes.

A estimativa é que aproximadamente 61 milhões de brasileiros tenham começado o ano de 2020 com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas. Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a inadimplência mais bem-comportada neste início de ano reflete um cenário de recuperação de crédito, impulsionado pelas campanhas de renegociação promovidas no fim do ano passado.

“A expectativa é de que a inadimplência siga em queda pelos próximos meses, mas a passos lentos. A aceleração desse quadro passa pela continuidade da melhora econômica e, em especial, daquilo que toca diretamente o bolso do consumidor: emprego e renda. Mesmo com a inadimplência caindo aos poucos, as famílias ainda enfrentam dificuldades para honrar seus compromissos em dia, tanto é que há um estoque elevado de pessoas com contas sem pagar”.

Somando todas as pendências, cada consumidor inadimplente deve, em média, R$ 3.257,91. Já descontando os efeitos da inflação, os valores observados agora são 30% menores do que no início da série histórica, em 2010 (R$ 4.238,32). De modo geral, pouco mais da metade (52,8%) dos brasileiros inadimplentes têm dívidas em atraso de até R$ 1.000 e 47,2% acima desse valor (AI/CNDL/SPCBrasil)