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Cunha vai analisar se houve atuação de Dilma em “pedaladas”

em Manchete
quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Ag.Câmara

Presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse que é preciso ter cautela ao analisar o novo pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. “O fato de existir a pedalada não quer dizer que tenha havido o ato da presidente com relação ao descumprimento da lei. Pode ser feita por vários motivos. Pode ser uma circunstância de equipe”, disse Cunha ao se referir ao atraso no repasse de recursos a bancos públicos, para pagamento de benefícios.
A nova versão contém a recomendação do procurador do Ministério Público junto ao TCU, Júlio Marcelo de Oliveira, de abrir um novo processo para analisar as operações do governo federal, que teriam violado a Lei de Responsabilidade Fiscal este ano, a partir de demonstrativos contábeis oficiais da Caixa, do BBl e do BNDES, já encaminhados ao TCU.
Em tom de cautela, Cunha disse que o novo processo não representa fundamentos para o impeachment. “O fato, por si só, de haver a pedalada não significa que isto seja razão de impeachment. Tem que configurar que há atuação da presidente no processo que descumpriu a lei. Pode existir a pedalada e não existir a motivação do impeachment”, ponderou. Disse, também, que vai passar o final de semana no Rio e levar uma cópia do pedido para analisar o documento, mas lembrou que não tem prazo para apresentar sua conclusão. “Esse tempo é indifinido”, disse ele. “A celeridade depende da capacidade de formar o juízo de convicção”, concluiu (ABr).