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BC: queda da inflação resultará no maior corte dos juros

em Manchete
quarta-feira, 07 de dezembro de 2016
Arquivo/ABr

 Arquivo/ABr

Presidente do BC, Ilan Goldfajn.

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, disse ontem (7) que o espaço para fazer um corte de juros maior é resultado da melhora nas expectativas para a inflação. “Esse espaço se ganha por ter capacidade de ancorar as expectativas. É como se fosse um investimento que foi muito importante e não pode ser perdido. É um investimento que nos permite ter juros mais baixos sustentáveis e por mais tempo”, disse em café da manhã com jornalistas, na sede do BC, em Brasília.
Questionado sobre pressões para baixar os juros, Goldfajn disse que isso é recorrente no Brasil. Ele avaliou que o BC está fazendo o que é necessário, tem credibilidade e agora é “parte da solução”. O BC achava que a partir de setembro haveria uma reversão mais forte da recessão econômica, não aconteceu. “Não significa que não vai ter recuperação. A gente vê uma recuperação gradual mais adiante. Temos projeção de crescimento para 2017 melhor que 2016 e 2018 melhor do que 2017”.
Goldfajn acrescentou que o BC é sensível ao nível de atividade mais fraca porque leva à redução das expectativas de inflação. Ele lembrou que, na reunião do Copom, discutiu-se a possibilidade de intensificar o corte de juros imediatamente porque a inflação vem caindo. Entretanto, levou-se em consideração a resistência de alguns componentes do índice de preços. “Essa resistência, pode ser que daqui para frente venha a diminuir. Por duas razões: uma que a gente está vendo a inflação caindo e segundo porque a atividade está mais fraca do que a gente imaginava”, destacou.
Os membros do Copom também consideram avanços nas reformas propostas pelo governo. Entretanto, decidiu-se esperar até a reunião de janeiro. Questionado sobre pressões para reduzir os compulsórios (recursos que os bancos são obrigados a deixar depositados no BC), Goldfajn disse que são “rumores” (ABr).