A ociosidade no setor continua elevada e estoques estão acima do planejado. Foto: Pixabay |
A queda na produção e no emprego na indústria continuam dificultando a recuperação do setor, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa Sondagem Industrial, divulgada ontem (23), mostra queda da produção mais intensa que a registrada entre agosto e setembro do ano passado, e a utilização da capacidade instalada abaixo do observado em anos de boa atividade industrial.
A ociosidade no setor continua elevada e estoques estão acima do planejado. O alto custo da matéria-prima e taxa de câmbio ganharam importância entre os obstáculos enfrentados pelos industriais. Por outro lado, há leve melhora das condições financeiras das empresas.
O índice de evolução da produção foi de 47,2 pontos e o de nível de emprego ficou em 49,2 pontos em setembro.
A queda na produção no mês passado foi mais intensa do que a registrada em setembro de 2017, quando o indicador ficou em 48,1 pontos. Além disso, o índice de utilização da capacidade instalada caiu 1 ponto percentual em relação a agosto e ficou em 68%, mostrando que a ociosidade no setor continua elevada.
O índice de evolução dos estoques em relação ao planejado ficou em 51,2 pontos no mês passado, um pouco superiores ao previsto pelas empresas. Para a CNI, a demanda fraca e a fragilidade financeira dificultam a recuperação da indústria. Mas, apesar de contida, há uma expectativa de melhora na demanda e nas exportações. Os industriais esperam o aumento da demanda, das compras de matérias-primas e das exportações nos próximos seis meses (ABr).