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Ministro homologa delação da JBS e autoriza inquerito para investigar Temer

em Manchete Principal
quinta-feira, 18 de maio de 2017
Ministro do STF, Edson Fachin, que homologou a delação premiada dos irmãos Joesley Batista e Wesley Batista, donos do grupo JBS.

Ministro do STF, Edson Fachin, que homologou a delação premiada dos irmãos Joesley Batista e Wesley Batista, donos do grupo JBS.

O ministro do STF, Edson Fachin, homologou ontem (18) a delação premiada dos irmãos Joesley Batista e Wesley Batista, donos do grupo JBS, e decidiu abrir inquérito para investigar o presidente Michel Temer. Os empresários firmaram o acordo com o Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Lava Jato. Fachin é o relator da operação no STF.
O jornal O Globo publicou reportagem, segundo a qual, em encontro gravado, em áudio, pelo empresário Joesley Batista, o presidente Michel Temer teria sugerido que se mantivesse pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e ao doleiro Lúcio Funaro, para que estes ficassem em silêncio. Cunha está preso em Curitiba. A Presidência da República divulgou nota na qual informa que Temer “jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha”.
De acordo com a reportagem, outra gravação feita por Batista diz que o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, teria pedido R$ 2 milhões ao empresário. O dinheiro teria sido entregue a um primo de Aécio. A entrega foi registrada em vídeo pela Polícia Federal, que rastreou o caminho do dinheiro e descobriu que o montante foi depositado numa empresa do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).
Na manhã de ontem, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e no gabinete do senador em Brasília e em endereços relacionados a ele no Rio de Janeiro. A irmã do parlamentar, Andrea Neves, foi presa em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. Agentes cumpriram mandados também nos gabinetes do senador Zezé Perrella (PMDB-MG) e do deputado Rocha Loures (PMDB-PR).
Em nota, a assessoria de Aécio Neves disse que o senador “está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos. No que se refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público. O senador aguarda ter acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos necessários” (ABr).