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Meirelles diz que queda da inflação mostra efeitos do ajuste fiscal

em Manchete Principal
quarta-feira, 10 de maio de 2017
Segundo Meirelles, o desemprego deve acompanhar a melhora da economia e começar a cair na segunda metade do ano.

Segundo Meirelles, o desemprego deve acompanhar a melhora da economia e começar a cair na segunda metade do ano.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem (10) que a queda da inflação mostra que o ajuste fiscal está surtindo efeito. “É uma notícia positiva, a inflação está reagindo ao ajuste fiscal, taxa de juros estrutural caindo”, disse o ministro, após participar do congresso da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.
A inflação oficial, medida pelo IPCA, fechou abril com variação de 0,14%, resultado 0,11 ponto percentual inferior ao de março (0,25%). Com o resultado de abril, a inflação dos últimos 12 meses é de 4,08%, a menor taxa em 12 meses desde julho de 2007. Segundo Meirelles, a desaceleração da inflação indica uma melhora da confiança dos agentes econômicos e, consequentemente, um ajuste da economia.
“Em uma situação de incerteza, os formadores de preço tendem a aumentar os preços. No momento [em] que existe um ajuste fiscal, [em] que a política monetária do Banco Central é bem-sucedida e firme, nós temos uma queda das expectativas de inflação, os tomadores de preços tendem a aumentar menos os preços. A inflação cai, refletindo a situação do país”, acrescentou.
Segundo Meirelles, o desemprego deve acompanhar a melhora da economia e começar a cair na segunda metade do ano. “O desemprego reage com uma certa defasagem em relação à atividade econômica”, ressaltou. O ministro disse também que a economia deve voltar a crescer em um ritmo consistente no final do ano. “Esperamos entrar em 2018 com o ritmo de crescimento de cerca de 3% ao ano”, destacou. Esse resultado depende, no entanto, da votação das reformas, em especial a da Previdência.
“Nossa expectativa é que as reformas sejam aprovadas no primeiro semestre. Se porventura, alguma votação importante for deixada para agosto, não é o ideal, mas em uma reforma de longo prazo, não é isso que vai influenciar o sucesso da reforma. Agora, esses dois meses podem ser muito importantes para a expectativa e o crescimento econômico deste ano e do próximo” (ABr).