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Faturamento da indústria cresceu 2% em junho, informou a CNI

em Manchete Principal
segunda-feira, 01 de agosto de 2016

Os resultados de junho, embora ainda não indiquem reversão do ciclo recessivo, mostram pequena reação da atividade industrial.

O faturamento da indústria cresceu 2% em junho na comparação com maio, na série livre de influências sazonais, informou ontem (1º) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A elevação ocorre após três quedas consecutivas. Segundo a CNI, no mesmo período, as horas trabalhadas na produção subiram 0,2% e o nível de utilização da capacidade instalada teve alta de 0,3 ponto percentual, chegando a 77,4%. Os dados estão nos Indicadores Industriais de junho da confederação.
A pesquisa indica também que o mercado de trabalho continua encolhendo. Em junho, o emprego na indústria caiu 0,6% na comparação com maio, na série de dados dessazonalizados. Foi a 17ª queda consecutiva do indicador. Com a retração do emprego, a massa real de salário recuou 0,6%, e o rendimento médio real dos trabalhadores ficou estável, na comparação com maio, na série livre de influências sazonais.
Pelos dados da CNI, os resultados de junho, embora ainda não indiquem reversão do ciclo recessivo, são positivos, mostrando pequena reação da atividade industrial. Para o presidente da CNI, Robson Braga, a saída da crise e a retomada do crescimento da indústria e da economia dependem de ações e reformas que resgatem a confiança do empresariado e criem um ambiente mais propício aos investimentos, à produção e à criação de empregos.
Segundo Andrade, para o país voltar a crescer de forma sustentada, são necessários investimentos em infraestrutura, aumento da participação brasileira nos mercados internacionais, reforma da Previdência Social, modernização das relações do trabalho e melhora na qualidade dos gastos públicos. Os dados da CNI mostram também que o primeiro semestre confirma que a indústria atravessa uma das piores crises da sua história, pois o faturamento real da indústria , no período caiu 11,5% na comparação com o primeiro semestre de 2015. As horas trabalhadas na produção caíram 9,6%, no período, o emprego recuou 9,1%, a massa real de salários diminuiu 9,9% e o rendimento médio real dos trabalhadores encolheu 0,8%. A utilização da capacidade instalada está 1,2 ponto percentual abaixo da registrada em junho do ano passado (ABr).