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Ensino integral cai no fundamental e cresce no médio, mostra Censo

em Manchete Principal
quinta-feira, 31 de janeiro de 2019
Ensino temproario

Ensino temproario

No ano de 2018, foram registradas 48,5 milhões de matrículas nas 181,9 mil escolas de educação básica brasileiras. Foto: Omar Freire/ImprensaMG

O percentual de matrículas em tempo integral em escolas públicas, ou seja, de estudantes que passam sete horas diárias na escola, participando de diversas atividades, caiu no ensino fundamental, de acordo com os dados do Censo Escolar de 2018 divulgados ontem (31) pelo Inep. Já no ensino médio, o número cresceu. O percentual de matrículas em tempo integral passou de 16,3% no ensino fundamental, nas escolas públicas, em 2017 para 10,9% em 2018. Esse percentual chegou a 19,4% em 2015. Nas escolas privadas, as matrículas tiveram um leve aumento, passando de 2,1% para 2,2% de 2017 para 2018.
No ensino médio, a situação foi oposta. O percentual de matrículas em tempo integral passou de 8,4% em 2017 para 10,3% em 2018, nas escolas públicas. Nas privadas, passou de 3,9% para 4% no mesmo período. Os estudantes podem, nesse tempo, ter acesso a atividades culturais, esportivas, além de conteúdos de comunicação, saúde, entre outros. No ensino fundamental, o programa federal ‘Mais Educação’ oferece recursos financeiros para que as escolas implementem as atividades.
No ensino médio, o tempo integral ganhou destaque com o novo ensino médio, aprovado em lei em 2017, que visa a aumentar esse atendimento. O MEC auxilia os estados por meio do Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Ampliar a educação em tempo integral nas escolas é também uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Uma de suas metas é oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica até 2024.
No ano de 2018, foram registradas 48,5 milhões de matrículas nas 181,9 mil escolas de educação básica brasileiras. O número total apresenta uma redução em relação aos 48,6 milhões de estudantes registrados em 2017. A maior parte dos estudantes está na rede pública, cerca de 39,5 milhões, 81,44% do total. Estão também, majoritariamente na área urbana (88,7%). Apesar da redução do número geral de alunos, a quantidade de matrículas na educação infantil cresceu cerca de 2,8% em relação a 2017, atingindo 8,7 milhões em 2018 (ABr).