Estimulado pela pandemia de Covid-19, o turismo interno está em alta no Brasil. Entre os diversos destinos que um país continental como o nosso apresenta, lugares onde as pessoas possam entrar em contato com a natureza e vivenciar experiências como colheita de frutas e verduras, ordenha de animais e passeios por trilhas, têm atraído um público cada vez maior. É o chamado turismo rural.
Importante atividade econômica e cultural, a prática tem impulsionado a economia das regiões rurais de Norte a Sul do país, gerando emprego e renda para as comunidades locais. E, de acordo com projeção da Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária (Asbraer), essa prática deve registrar um crescimento de aproximadamente 50% em 2023.
Em São Paulo, a cidade de Jundiaí (15ª maior economia do país, de acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) tem se destacado cada vez mais como principal destino para o turismo rural – recentemente, por voto popular, venceu pela terceira vez nessa categoria o Prêmio Top Destinos Turísticos, promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil e SKAL Internacional São Paulo, e apoiado pela Secretaria de Turismo e Viagens do Estado.
“O turismo rural de Jundiaí representa 70% do nosso fluxo turístico, sendo um importante impulsionador de renda e empregos para nossa cidade”, diz o prefeito Luiz Fernando Machado. De acordo com o chefe do executivo, o crescimento desta atividade nos últimos 10 anos foi de 166%. “Assim como o número de visitantes, o de novos estabelecimentos subiu na mesma velocidade. Dos 30 espaços dedicados ao turismo rural em 2013, a cidade conta com mais de 80 neste ano”, informa.
Pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo, em 2022, aponta que as principais motivações para quem faz turismo rural são o contato com a natureza (72%); apreciar o ambiente rural (42%) e conexão com a família (36%). Já entre as atividades mais buscadas, o interesse é maior por comida caseira (76%), contemplação da natureza (75%); atividades em família (68%); trilhas (64%); espaços de relaxamento (57%); aprender algo novo (56%) e contato com os animais (51%).