87 views 13 mins

Geral 23/11/2017

em Geral
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
Restos de comida não processados colocam em risco a saúde e a vida de 170 milhões de pessoas.

América Latina joga 145 mil toneladas de lixo orgânico por dia em aterros
Restos de comida não processados colocam em risco a saúde e a vida de 170 milhões de pessoas.


Todo dia, 145 mil toneladas de resíduos orgânicos são jogadas em lixões e aterros controlados na América Latina e no Caribe

Essa montanha diária de restos de comida não processados, que colocam em risco a saúde e a vida de 170 milhões de pessoas, é um dos temas da 3ª Assembleia do Meio Ambiente da ONU, que será realizada em Nairóbi, no Quênia, de 4 a 6 de dezembro.
Um resumo do trabalho foi apresentado preliminarmente em São Paulo na terça-feira (21) pela Associação de Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe). O estudo mostra um cenário preocupante. Segundo Jordi Pon, coordenador regional de resíduos e químicos do organismo das Nações Unidos, as 540 mil toneladas de lixo produzidas atualmente na região serão 671 mil toneladas em 2050. Se, de um lado, há avanços na coleta, que na média supera 90% do lixo urbano, o processamento fica abaixo dos 70%. O restante, formado essencialmente por dejetos orgânicos, vai para locais inadequados, produzindo poluição do ar, do solo e da água.
“Os dados apresentados pela ONU Meio Ambiente mostram que, mesmo com algumas melhorias alcançadas nos últimos anos, cerca de 170 milhões de pessoas ainda estão expostas às consequências desse problema, em decorrência dos graves impactos causados ao meio ambiente e à saúde da população”, explica Carlos Silva Filho, diretor-presidente da Abrelpe e membro do Comitê Diretivo do Atlas de Resíduos.
A análise dos despejos sólidos das cidades latino-americanas mostra que o lixo orgânico representa mais da metade de todo o resíduo descartado. Esse índice varia de acordo com o potencial econômico do país. “Em nações de baixa renda, 75% do lixo descartado são provenientes de matéria orgânica, enquanto em países com renda mais elevada esse índice é de 36%”, comentou Pon. A diferença é reflexo da maior ou menor atividade industrial e comercial.
O lixo doméstico tem ainda o agravante de concentrar resíduos perigosos, como baterias, celulares, equipamentos elétricos e eletrônicos e remédios vencidos, entre outros,
Parte do lixo doméstico é formada por elementos secos, como metais, papéis, papelão, plásticos, vidro e têxteis. A reciclagem desses itens ainda é reduzida, em geral abaixo de 20%. O índice só é alcançado em cidades onde existe coleta e seleção informais, feita por catadores autônomos, o que mostra a pequena participação do Poder Público e de políticas voltadas para o problema (ABr).

Falhas em hospitais são a segunda causa de morte no país

Estudos mostram que anualmente morrem 42,7 milhões de pessoas em razão de eventos adversos no mundo.

Falhas banais como erros de dosagem ou de medicamento, uso incorreto de equipamentos e infecção hospitalar mataram 302.610 pessoas nos hospitais públicos e privados brasileiros em 2016. Foram, em média, 829 mortes por dia, uma a cada minuto e meio. Dentro das instituições de saúde, as chamadas mortes por “eventos adversos” ficam atrás daquelas provocadas por problemas no coração. A conclusão faz parte do Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, produzido pela Faculdade de Medicina da UFMG.
O número diário supera as 129 pessoas que morrem em decorrência de acidentes de trânsito no país, 164 mortes provocadas pela violência e cerca de 500 registros de mortos por câncer, e fica atrás das 950 vítimas de doenças cardiovasculares. Além das mortes, os eventos adversos impactam cerca de 1,4 milhão de pacientes todo ano com sequelas que comprometem as atividades rotineiras e provocam sofrimento psíquico. O Anuário estima que os eventos adversos resultaram em gastos adicionais de R$ 10,9 bilhões em 2016.
Estudos mostram que anualmente morrem 42,7 milhões de pessoas em razão de eventos adversos no mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a situação não é muito diferente da brasileira. Com população aproximada de 325 milhões de pessoas, o país registra 400 mil mortes por eventos adversos ao ano, 1.096 por dia, ou 16% menos que nos hospitais brasileiros. A diferença para o Brasil diz respeito as mortes hospitalares que são a terceira do ranking americano, atrás de doentes cardíacos e de câncer.
“Não existe sistema de saúde que seja infalível. Mesmo os mais avançados também sofrem com eventos adversos. A diferença é que, no caso brasileiro, apesar dos esforços, há pouca transparência sobre essas informações e, sem termos clareza sobre o tamanho do problema, fica muito difícil começar a enfrentá-lo”, afirma Renato Couto, professor da UFMG, um dos responsáveis pelo Anuário (ABr).

Novos medicamentos para tratar mal de Parkinson

Sete anos após a última atualização sobre o tratamento aos pacientes com mal de Parkinson na rede pública do país, o Ministério da Saúde aprovou um novo protocolo clínico que inclui mais dois tipos de medicamentos: Rasagilina (1mg) e Clozapina (25mg e 100 mg). Cerca de 200 mil pessoas sofrem com a doença no país, e a inclusão desses fármacos visa a melhorar a qualidade de vida desses pacientes, minimizando os transtornos causados pela doença.
A previsão é de que a Rasagilina possa ser colocada à disposição da população até o final de fevereiro próximo. Em relação à Clozapina, esse remédio já vinha sendo adotado no SUS em casos de transtorno bipolar e esquizofrenia, e será distribuído também para o controle de sintomas psicóticos das pessoas com Parkinson.
De acordo com a OMS, o mal de Parkinson atinge 1% da população mundial com mais de 65 anos. É uma doença neurodegenerativa que afeta as condições motoras do corpo, causando tremores, rigidez muscular, bradicinesia (lentidão na resposta) e alterações posturais. Além disso, durante a sua progressão, podem surgir sintomas psicóticos tais como o comprometimento da memória, depressão, alterações do sono e distúrbios do sistema nervoso autônomo.

Mnangagwa é escolhido presidente provisório do Zimbábue

 

A União Nacional Africana de Zimbábue-Frente Patriótica (ZANU-PF) designou ontem (22), oficialmente, o ex-vice-presidente Emmerson Mnangagwa para o cargo de presidente provisório após a renúncia de Robert Mugabe. Segundo informaram meios de comunicação estatais, a decisão foi tomada pelo grupo legislativo governista, que tem maioria no Parlamento. A cerimônia de juramento está prevista para amanhã (24).
De acordo com a emissora estatal ZBC, Mnangagwa está retornandodo exterior. O político, conhecido pelo apelido de “Crocodilo”, tinha abandonado o país poucos dias depois de ser destituído da vice-presidência (no último dia 6 de novembro), alegando que recebeu ameaças de morte.
Em declarações feitas ao portal NewsDay, pouco depois da renúncia de Mugabe, Mnangagwa felicitou o povo pelo “momento histórico” e adiantou que já preparava sua volta para casa, com o desejo de ajudar em uma transição pacífica para a consolidação da democracia. Mnangagwa, que no último domingo (19) foi nomeado líder do partido do governo ZANU-PF, e candidato às eleições presidenciais de 2018, é, portanto, o favorito para suceder Mugabe definitivamente no poder (ABr/EFE).

Lei protege receita do ‘espaguete à amatriciana’

O Ministério de Políticas Agrícolas da Itália aprovou uma “medida disciplinar”, uma espécie de legislação, para proteger a receita original do famoso “espaguete à amatriciana”. Com a decisão, que será publicada pelo Diário Oficial na próxima semana, o tradicional prato da cidade de Amatrice precisará ter seus ingredientes originais para ser considerado um “à amatriciana”.
O projeto foi desenvolvido pelo produtor da pequena comuna italiana, Gianfranco Castelli, que explicou a importância da medida ser aprovada. “Ela chega não só para proteger um prato que nos honra em todo o mundo, mas também ajudará para que ela seja seguida da maneira correta, incluindo por grandes chefs. Também irá ajudar o nosso território, que foi duramente abalado pelos terremotos”, acrescentou.
Amatrice foi destruída por uma série de tremores, iniciados em agosto de 2016, e que prosseguiram até o fim do ano passado. O centro histórico foi ao chão, incluindo restaurantes e todos os pontos de comércio. Agora, a cidade tenta se reerguer também através da gastronomia. Outro objetivo da medida é garantir que os molhos e os produtos utilizados tenham rótulos que especifiquem suas origens, para tornar a produção do prato a mais original possível. O molho “à amatriciana” é feito à base de tomate, guanciale e queijo pecorino (ANSA).

PRIMEIRO-MINISTRO DO LÍBANO ‘SUSPENDE’ RENÚNCIA

O primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, suspendeu ontem (22) sua renúncia, que havia sido anunciada no dia 4 de novembro, durante uma viagem à Arábia Saudita. De volta a Beirute depois de quase 20 dias, o premier chegou a apresentar seu pedido de demissão ao presidente Michel Aoun, que lhe pediu para “refletir” sobre a decisão.
“Apresentei minha renúncia ao presidente, e ele desejou que eu tenha tempo de refletir sobre os motivos. Respondi a esse desejo, com a esperança que se chegue a um diálogo e que se resolvam os problemas do país”, disse. Em sua renúncia, Hariri usou como justificativas supostas “ameaças de morte” e a crescente influência do Irã sobre o grupo xiita Hezbollah, que faz parte do governo de união nacional no Líbano. 
No entanto, as principais forças políticas libanesas acreditam que o primeiro-ministro, de orientação sunita, foi forçado a se demitir pela Arábia Saudita. Ontem, marcou o 74º aniversário da independência do Líbano, comemorado com uma parada militar no centro de Beirute, na presença de Hariri. O premier voltou ao país após passar mais de duas semanas na Arábia Saudita. Antes de retornar, ele ainda visitou a França, o Egito e o Chipre (ANSA).