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Geral 20/03/2018

em Geral
segunda-feira, 19 de março de 2018
Secretaria de Meio Ambiente do Pará monitora níveis das bacias do sistema de tratamento de rejeitos nas instalações da mineradora Hydro Alunorte, em Barcarena.

Mineradora norueguesa pede desculpas à população após voltar a ser autuada

Secretaria de Meio Ambiente do Pará monitora níveis das bacias do sistema de tratamento de rejeitos nas instalações da mineradora Hydro Alunorte, em Barcarena.

A mineradora norueguesa Hydro AluNorte pediu desculpas à população de Barcarena (PA) e decidiu ampliar a reavaliação dos sistemas de tratamento de água e de gerenciamento de efluentes para toda a área da refinaria que funciona na cidade da região metropolitana de Belém, após ser novamente autuada pelo lançamento de resíduos tóxicos no Rio Paraná

“Descartamos água de chuva e da superfície da refinaria não tratadas no Rio Pará. Isso é completamente inaceitável e contraria o que a Hydro acredita. Em nome da companhia, peço desculpas às comunidades, às autoridades e à sociedade”, disse o presidente da empresa, Svein Richard Brandtzæg, em nota.
A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará voltou a autuar a mineradora na última quinta-feira (15), após fiscais identificarem uma ligação entre a canaleta de escoamento de água das chuvas do galpão de carvão e o sistema de drenagem da fábrica ao lado, a Albras, que culmina no Rio Pará. Segundo a secretaria estadual, parte da água pluvial acumulada no interior do terreno da refinaria da Hydro AluNorte era lançada ao exterior por meio desta ligação clandestina sem antes passar pelo sistema de tratamento de efluentes industriais, conforme estabelece a licença de operação concedida à empresa.
“Isso ressalta a importância de uma revisão completa da AluNorte, incluindo interfaces da operação com áreas adjacentes e a situação de licenciamento da planta para verificar o cumprimento integral das licenças. Precisamos do entendimento total para que possamos implementar as ações necessárias”, acrescentou Brandtzæg. Entre notificações e autos de infração, a autuação da última quinta-feira é a oitava sanção aplicada pela secretaria estadual à empresa. Entre elas está a determinação para a companhia reduzir suas operações e reduzir o nível de água nos depósitos de rejeitos. Até o último fim de semana, a secretaria ainda calculava o valor total das multas. Após ser notificada, a empresa terá prazo para apresentar sua defesa.
No começo de fevereiro, a mineradora contratou a empresa de consultoria brasileira SGW Serviços para avaliar o modelo de tratamento de água e verificar se o sistema de gerenciamento de efluentes da refinaria foi operado adequadamente. Posteriormente, com o surgimento de denúncias quanto à existência de pontos de despejo d´água irregulares, a empresa decidiu expandir a auditoria a fim de incluir todas as possíveis ligações entre a mineradora e as áreas ao redor.
A companhia garante que a saída de água oriunda do telhado do galpão de armazenamento de carvão já foi fechado e que está trabalhando para encontrar a melhor solução para fechar também uma conexão entre a área de armazenamento de hidrato e o sistema de drenagem da fábrica vizinha. A companhia anunciou ter planos de investir cerca de R$ 212 milhões de reais no sistema de tratamento de água da refinaria de alumina de Barcarena, ampliando a capacidade da unidade suportar condições climáticas extremas.
A Hydro Alunorte é a maior refinaria de alumina do mundo. Emprega cerca de 2 mil pessoas e tem uma capacidade nominal de 6,3 milhões de toneladas por ano. O vazamento dos dejetos tóxicos foi denunciado por moradores de Barcarena, que, entre os dias 16 e 18 de fevereiro, notaram a alteração na cor da água de igarapés e de um rio. As primeiras análises de amostras do material colhido no local apontaram a presença de níveis elevados de chumbo, alumínio, sódio e outras substâncias prejudiciais à saúde humana e animal (ABr).

Kim Jong-un “deu sua palavra” para desnuclearização

Kim Jong-un prometeu abandonar o programa nuclear.

A ministra das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Kang Kyung-wha, garantiu ontem (19) que o líder norte-coreano Kim Jong-un “deu sua palavra” quanto ao compromisso do regime com a desnuclearização, o que estaria relacionado às futuras reuniões com Seul e Washington.
Em entrevista à rede de televisão americana CBS, Kang declarou que o ditador norte-coreano “já transmitiu seu compromisso” de abandonar o programa nuclear, em relação às condições prévias que Pyongyang deve cumprir antes que Kim possa se reunir em abril com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e em maio com o dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Ele deu sua palavra. A importância dessas palavras tem muito peso no sentido de que esta é a primeira vez que elas provêm diretamente do próprio líder supremo”, acrescentou Kang. A aproximação entre as duas Coreias durante os Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang permitiu um intercâmbio de emissários, no qual uma delegação sul-coreana pôde reunir-se pessoalmente com Kim em Pyongyang.
O líder norte-coreano transmitiu ao grupo o desejo de realizar as duas cúpulas e garantiu que está disposto a negociar o fim do programa nuclear se for garantida a sobrevivência do regime.A ministra das Relações Exteriores sul-coreana disse ainda acreditar que Kim “tem a intenção de discutir temas de segurança, entre eles a questão da desnuclearização”, durante as duas cúpulas e considerou “muito significativo” o fato de ele ter aceitado realizar o encontro com Moon na faixa sul da fronteira que divide os dois países.
O local e a data exata da cúpula com Trump, a primeira da história entre os líderes dos dois países, ainda não foram decididos. Para concretizar os detalhes desses encontros, muitos movimentos diplomáticos entre as duas Coreias e os EUA vêm ocorrendo nos últimos dias (ABr/EFE).

Homem pode ser preso por socorrer imigrante grávida na neve

Um guia de montanha francês que trabalha na região dos alpes pode ser condenada a cinco anos de prisão, por ter prestado ajuda a uma imigrante nigeriana grávida de oito meses que entrou em trabalho de parto enquanto tentava cruzar a fronteira entre a Itália e a França. A imigrante estava acompanhada de seu marido e de dois filhos, de 2 e 4 anos de idade. O caso foi divulgado ontem (19) pela associação humanitária “Tous migrants”.
O guia está sendo processado pelo Estado por violação de leis imigratórias. O homem, Benoît Duco, encontrou a família em uma região de neve perto de Monginevro, a 1.900 metros de altitude, e resolveu colocar os imigrantes em seu carro e levá-los a um hospital de Briançon, na França. Uma equipe policial, porém, interceptou o carro e levou o motorista para a delegacia. A imigrante conseguiu receber atendimento médico e pariu no pronto-socorro (ANSA).

Candidato comunista reconhece vitória de Putin, mas questiona pleito

Candidato do Partido Comunista da Rússia, Pavel Grudinin.

O candidato do Partido Comunista da Rússia (PCR), Pavel Grudinin, reconheceu ontem (19) a vitória do presidente russo, Vladimir Putin, na votação de domingo (18), mas destacou que as eleições foram ‘sujas’ e fora dos ‘padrões mundiais’. “Estou absolutamente convencido de que o atual presidente ganhou. Estou absolutamente convencido da sua vitória”, disse o líder do PCR em entrevista coletiva.
No entanto, Grudinin questionou a idoneidade da campanha eleitoral e do pleito. “O que funcionários, autoridades e veículos de comunicação fizeram durante a corrida eleitoral me permite afirmar que estas foram eleições sujas, eleições que não se ajustaram aos padrões mundiais”, afirmou. Com o 99,84% dos votos apurados, Putin tinha mais de 56 milhões de votos ou 76,67%, conforme dados da Comissão Eleitoral Central da Rússia.
Grudinin, de 57 anos, empresário do ramo agrícola sem militância comunista, estava em segundo lugar, com 11,8%, muito na frente dos outros seis candidatos. O candidato do PCR indicou que cumprirá a promessa de tirar o bigode na frente das câmaras se não tivesse mais que 15% dos votos, desde que o jornalista e blogueiro Yuri Dud, com quem fez a aposta, afirme publicamente que as eleições foram limpas (ABr/EFE).

Escândalo derruba ações do Facebook em Nova York

As ações do Facebook na Nasdaq, bolsa de valores eletrônica de Nova York, acumularam queda de mais de 7% no pregão de ontem (19), por causa do escândalo envolvendo a empresa de análise de dados Cambridge Analytica, acusada de violar as informações de 50 milhões de usuários nos Estados Unidos.
Por volta de 12h45 (horário local), os papéis da maior rede social do mundo caíam 7,25%, após terem aberto o pregão já com desvalorização de 5,20%. O “caso Cambridge Analytica” estourou no fim de semana, quando os jornais “The New York Times” e “The Guardian” publicaram que a empresa violara os dados de usuários nos EUA por meio de um teste de personalidade desenvolvido por um acadêmico russo, Aleksandr Kogan.
Ao todo, cerca de 270 mil pessoas teriam feito o teste,e Kogan teria tido acesso a dados de identidade, localização e dos contatos desses usuários, totalizando 50 milhões de indivíduos. Em seguida, teria repassado essas informações para a Cambridge Analytica, o que é proibido. A empresa foi contratada pela campanha do então candidato à Presidência Donald Trump, que hoje vê membros de seu governo e sua família suspeitos de conluio com a Rússia para beneficiá-lo nas eleições.
A consultoria também teria prestado serviço a grupos pró-Brexit. As informações coletadas pelo teste de Kogan teriam sido usadas para entender o comportamento de eleitores e tentar direcionar suas escolhas. A firma de consultoria foi suspensa pelo Facebook (ANSA).