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Geral 05/10/2016

em Geral
terça-feira, 04 de outubro de 2016
As crianças têm duas vezes mais probabilidade de viver na pobreza extrema do que os adultos.

Unicef: 385 milhões de crianças viviam, em 2013, em pobreza extrema

As crianças têm duas vezes mais probabilidade de viver na pobreza extrema do que os adultos.

Cerca de 385 milhões de crianças até os 17 anos de idade viviam em 2013 em situação de pobreza extrema, de acordo com estudo conjunto do Unicef e do Grupo do Banco Mundial, divulgado ontem (4)

Os dados fazem parte do relatório “Terminar com a Pobreza Extrema: Um Foco nas Crianças”, relativo a 2013, que revela que as crianças têm duas vezes mais probabilidade de viver na pobreza extrema do que os adultos.
O Unicef e o Banco Mundial defendem que os governos avaliem regularmente a pobreza infantil e deem prioridade às crianças nos planos de combate à pobreza. E que reforcem os sistemas de proteção social, dando prioridade a investimentos na área da saúde, educação, água potável ou saneamento e que moldem as decisões políticas de modo que o crescimento econômico beneficie as crianças mais pobres.
“As crianças são afetadas de forma desproporcional, dado que representam cerca de um terço da população estudada, mas metade dos que vivem na pobreza extrema. O risco é maior para as crianças menores – mais de um quinto dos menores de 5 anos nos países em desenvolvimento vivem em famílias extremamente pobres”, diz o comunicado do Unicef.
Segundo o estudo, entre os 767 milhões de pessoasque vivem em situação de pobreza extrema, 385 milhões são crianças com idade de 0 a 17 anos, enquanto 382 milhões se dividem pelos adultos, a partir dos 18 anos. Entre os 385 milhões de crianças em pobreza extrema, 122 milhões têm até 4 anos, 118 milhões têm entre 5 e 9 anos, 99 milhões entre 10 e 14 anos e 46 milhões estão na faixa etária entre 15 e 17 anos.
O relatório resultou da análise de dados de 89 países, que representam 84% da população dos países em desenvolvimento. As crianças que vivem em pobreza extrema estão concentradas sobretudo na África subsariana, onde 49% das crianças vivem em pobreza extrema, ao mesmo tempo em que 51% de todas as crianças pobres no mundo vivem nessa região. “Segue-se o Sul da Ásia, com índice perto de 36%, com mais de 30% das crianças extremamente pobres a viver na Índia”, acrescenta o relatório (Ag. Lusa).

Orçamento prevê novas vagas para o Fies, diz MEC

A atual gestão encontrou o Fies sem orçamento.

O Ministério da Educação (MEC) garantiu ontem (4) a continuidade do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e disse que a abertura de novas vagas em 2017 está garantida no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado ao Congresso. “O orçamento do próximo ano prevê a manutenção dos alunos que estão no Fies este ano e um acréscimo de algumas vagas a mais para o próximo ano”, disse a secretária Executiva do MEC, Maria Helena Guimarães.
Ela não adiantou quantas serão as novas vagas, nem se o número será menor que este ano. “Em 2014, a abertura de novas vagas no Fies foi muito grande, em 2015 teve uma queda extraordinária, em 2016, uma queda maior ainda, apenas com a iniciativa do ministro de conseguir mais recursos é que foi possível abrir 75 mil vagas a mais agora no segundo semestre desse ano”, afirmou.
Desde julho, quando costumam renovar as matrículas, os estudantes não conseguem acessar o sistema do Fies. De acordo com o Semesp, o bloqueio atinge 1.863.731 alunos de 1.358 instituições particulares de ensino. Segundo a entidade, os repasses referentes a certificados do Fies somam cerca de R$ 5 bilhões. O MEC diz que a atual gestão encontrou o Fies sem orçamento para o pagamento da taxa de administração dos agentes financeiros do sistema, responsáveis pela contratação e aditamentos do fundo.
Para cobrir esses custos, são necessário mais de R$ 800 milhões, o que levou a pasta a enviar um projeto ao Congresso para garantir o orçamento necessário para este fim. O projeto concede crédito suplementar ao Orçamento da União em favor do MEC no valor de mais R$ 1,1 bilhão para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente (ABr).

Clérigo turco pode pedir asilo ao Brasil

O clérigo e magnata turco Fethullah Gülen, acusado pelo presidente Recep Tayyip Erdogan de patrocinar uma tentativa fracassada de golpe em julho passado, estaria planejando uma fuga dos Estados Unidos, e entre os possíveis destinos estaria o Brasil. Segundo o ministro da Justiça Bekir Bozdag, o governo recebeu informações de inteligência sobre um plano do imã para escapar de uma eventual extradição dos EUA, onde vive em exílio voluntário.
O jornal turco “Hürriyet” publicou que ele poderia pedir asilo no Brasil, no Canadá ou na Bélgica. Gülen lidera um movimento homônimo também conhecido como “Hizmet” (“Serviço”, em turco), a quem Ancara culpa pela tentativa de golpe realizada no último dia 15 de julho. O grupo reúne centenas de instituições de ensino e prega uma versão moderada do islamismo, com grande influência na sociedade civil da Turquia.
O movimento é o principal alvo dos expurgos promovidos nos últimos meses por Erdogan, que o acusa de estar infiltrado em todos os aparatos do Estado. Ontem (4), a agência oficial “Anadolu” disse que a polícia demitiu 12.801 pessoas – incluindo 2.543 oficiais – suspeitas de ligação com Gülen (ANSA).

Escolha do Rio para Jogos foi ‘manipulada’

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, levantou suspeitas sobre uma possível manipulação na escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, quando a capital fluminense derrotou Chicago, cidade onde ele construiu sua carreira política.
O mandatário contou à revista “New York Magazine” que uma delegação “muito bem preparada” havia viajado a Copenhague, na Dinamarca, para fazer uma apresentação, acompanhada da primeira-dama Michelle Obama. “Recebi uma ligação dizendo que todos pensavam que, se eu fosse ao local, teríamos boas chances de ganhar. Então fui. Mais tarde entendemos que as decisões do COI [Comitê Olímpico Internacional] são similares às da Fifa, um pouco manipuladas”, acrescentou.
Realizada no fim de agosto, a entrevista só foi divulgada pela revista na última segunda-feira (3). “Segundo todos os critérios objetivos, a candidatura americana era melhor”, disse. Chicago foi a primeira das quatro cidades candidatas a ser eliminada, antes de Tóquio e Madri (ANSA).

Alckmin lança campanha comemorativa ao Outubro Rosa

Alckmin visita a carreta da mamografia estacionada no Shopping Aricanduva.

O governador Geraldo Alckmin lançou ontem (4), campanha comemorativa ao Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização e prevenção do câncer da mama. O lançamento aconteceu durante visita à carreta do programa Mulheres de Peito, estacionada no shopping Aricanduva, que oferece exames de mamografia gratuitos. O veículo, da Secretaria da Saúde, oferece mamografias sem a necessidade do pedido médico para mulheres entre 50 e 69 anos de idade. Pacientes fora dessa faixa etária também podem receber atendimento, desde que tenham em mãos um pedido médico emitido tanto pela rede pública quanto particular.
O governador explicou os procedimentos do serviço: “Se o resultado estiver ok, repete-se o exame daqui a dois anos. Agora, se houver alguma dúvida, já faz a ultrassonografia na própria carreta e, se aparecer algum nódulo ou algo que aparente possibilidade de câncer, faz a punção para a biópsia. Caso dê algum problema, já encaminha para o tratamento cirúrgico, quimioterápico, enfim, o que for necessário”, completou Alckmin.
Além da carreta do shopping Aricanduva, que permanecerá lá até o dia 8 de outubro, outra unidade do programa está estacionada no Santana Shopping até o dia 29. “A inclusão do ‘Outubro Rosa’ no calendário é uma oportunidade para ressaltarmos a prevenção e importância de um diagnóstico rápido do câncer de mama, que é a maior causa de morte por tumores em mulheres no Brasil. O programa de rastreamento deseja justamente facilitar o acesso das mulheres ao exame de mamografia e, consequentemente, agilizar o diagnóstico e tratamento precoce para a doença”, diz David Uip, secretário da Saúde (sp.gov).

Três superluas serão visíveis até o fim do ano

O Observatório Astronômico de Lisboa (OAL) informou, em comunicado, que até o fim deste ano todas as luas cheias – que ocorrerão nos dias 16 de outubro, 14 de novembro e 14 de dezembro – serão superluas, fenômeno que ocorre quando o satélite natural parece estar maior do que o habitual.
No dia 16 de outubro, a lua vai parecer maior, não apenas devido à ocorrência de superlua, mas também porque estará mais próxima do horizonte, quando ocorre um efeito extra de ampliação.
De acordo com o OAL, é normal ver a lua cheia próxima da linha do horizonte muito maior do que quando se encontra mais alta no céu noturno. “Esse efeito não é ótico, mas apenas cerebral, ou seja, é o cérebro humano que cria a ‘imagem fictícia’ de uma lua enorme”, diz o comunicado.
As superluas são visíveis quando as luas cheias ocorrem próximas do perigeu, que é o ponto mais próximo que a lua atinge em relação à Terra. Segundo essa definição, a superlua pode ser frequente, mas nem todas terão o mesmo tamanho e brilho (ABr).

Obama e DiCaprio pedem mobilização contra mudança climática

O ator norte-americano Leonardo DiCaprio compareceu à Casa Branca na última segunda-feira (3) para debater a questão das mudanças climáticas com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Durante o encontro, os dois convocaram uma mobilização para deter o aquecimento global. “Estamos realmente em uma corrida contra o tempo”, disse o mandatário, que tem no clima uma das prioridades de seus oito anos à frente do país.
“Agir é urgente”, afirmou DiCaprio, antes da exibição do seu novo documentário, “Antes do Dilúvio”, no qual Obama e o papa Francisco fazem uma breve aparição e que trata sobre os efeitos devastadores do aquecimento global. O encontro aconteceu como parte de um festival organizado nos jardins da Casa Branca que mistura novas tecnologias, cinema e música. O galã de Hollywood, vencedor do Oscar de melhor ator por “O Regresso”, é conhecido por defender causas ambientais (ANSA).