193 views 9 mins

Geral 18/05/2019

em Geral
sexta-feira, 17 de maio de 2019
Trabalhistas temproario

Trabalhistas encerram negociações do Brexit e May perde apoio

O Partido Trabalhista do Reino Unido, de oposição, anunciou o fim das conversas sobre o Brexit com o governo da primeira-ministra Theresa May.

Trabalhistas temproario

Os trabalhistas se oporão ao acordo de May quando este voltar ao Parlamento no início do próximo mês. Foto: Hannah Mckay/EPA/Ag.Lusa

Quase três anos depois de o país decidir por sua saída da União Europeia (UE), em um referendo por 52% a 48% dos votos, ainda não está claro quando, como ou mesmo se o país sairá algum dia do bloco ao qual se filiou em 1973. O novo prazo de saída é 31 de outubro.

As conversas do Partido Conservador, de May, e dos trabalhistas sobre o Brexit desmoronaram horas depois de a premiê concordar em estabelecer um cronograma para sua renúncia no início de junho. O líder dos trabalhistas, Jeremy Corbyn, escreveu a May informando-a que as conversas do Brexit, que começaram em 3 de abril, foram “tão longe quanto podem” devido à instabilidade de seu governo.

“Não conseguimos superar diferenças de diretrizes importantes entre nós”, escreveu Corbyn, socialista que votou contra a filiação do Reino Unido à antecessora da UE em 1975, a May. “Ainda mais crucial é que a fraqueza e a instabilidade crescentes de seu governo significam que não pode haver confiança em assegurar o que quer que seja combinado entre nós”, disse Corbyn. Acrescentou que os trabalhistas se oporão ao acordo de May quando este voltar ao Parlamento no início do próximo mês.

A crise britânica do Brexit surpreende aliados e rivais, e o impasse em Londres faz com que a quinta maior economia do mundo enfrente opções como uma saída com acordo para suavizar a transição, uma saída sem um pacto, uma eleição ou um segundo referendo. O impasse do Brexit não deve ser superado rapidamente. May submeterá o “Projeto de Lei (do Acordo de Retirada) da UE” a uma votação no Legislativo no início de junho, embora rebeldes de seu partido tenham prometido rejeitá-lo (Reuters/ABr).

Com ‘Bacurau’, Kleber Mendonça leva política a Cannes

Com Bacurau temproario

Elenco de ‘Bacurau’ no Festival de Cannes. Foto: EPA

O cineasta Kleber Mendonça Filho voltou a levar a política para o centro do festival mais célebre do cinema mundial, desta vez com uma crítica ao governo de Jair Bolsonaro. Ao lado de Juliano Dornelles, o pernambucano dirige “Bacurau”, distopia que concorre à Palma de Ouro e narra a história de um vilarejo sertanejo utópico que luta contra invasores estrangeiros e do Sudeste.

Mendonça indicou que o filme reflete o Brasil de Bolsonaro. “O Brasil é um país diverso, mas há uma tentativa para fazer com que ele o deixe de ser. É uma distopia em muitos aspectos”, disse o cineasta, que denunciou um desmonte da cultura e da arte no país. Três anos antes, no mesmo festival, Mendonça e o elenco de “Aquarius” já haviam denunciado um “golpe de Estado” contra Dilma.

No vilarejo de Bacurau, no coração do Sertão, moradores realizam o funeral de sua habitante mais idosa, a venerada Carmelita. No entanto, alguns dias depois, se descobre que o lugar parece ter sido apagado de todos os mapas. Além disso, o caminhão que transporta água é alvejado por tiros, e alguns moradores começam a morrer, enquanto um político local pede votos em troca de comida vencida. Em resumo, um vilarejo sob ataque e invisível, como tantos lugares pobres pelo mundo.

Mas a alma arcaica e mágica desse povo ainda está viva e pronta a se levantar quando um grupo de americanos inicia uma invasão com entreguistas do Sudeste. “Bacurau é uma palavra curta e forte que evoca o mistério de algo vivo no escuro, mas que ninguém vê. Esse vilarejo se comporta assim, é fechado em seu escuro, sabe se esconder e esperar, prefere não ser percebido”, disseram os diretores em Cannes (ANSA).

Eleições europeias: conheça o Parlamento Europeu

Entre esta quinta-feira (23) e domingo (26), milhões de eleitores serão convocados às urnas para eleger representantes do Parlamento Europeu, uma das três principais instituições da União Europeia (UE).
O Parlamento Europeu é o único organismo diretamente eleito pelos cidadãos dos 28 países-membros do bloco, em um pleito que geralmente ocorre a cada cinco anos – o último foi realizado em maio de 2014.

Composto por 751 deputados (número que cairá para 705 após a saída do Reino Unido, o chamado Brexit), o Parlamento Europeu tem funções legislativas, orçamentárias e de supervisão. O atual presidente da Casa é o italiano Antonio Tajani, eleito em 17 de janeiro de 2017.
A entidade tem três sedes: Estrasburgo, na França; Bruxelas, na Bélgica; e Luxemburgo, além de 29 edifícios para o trabalho de todos os deputados. As primeiras eleições diretas ao Paramento Europeu ocorreram em 1979.

Antes disso, os membros eram designados por parlamentares de cada Estado-membro. Até o nome do organismo era outro: Assembleia Comum da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), cujo papel era apenas de fiscalização. A partir de 1958, depois da instituição da Comunidade Econômica Europeia (CEE) e da Comunidade Europeia de Energia Atômica (Euratom), a Assembleia foi ampliada, com uma sessão constitutiva em 19 de março de 1958, em Estrasburgo.

Mas somente em 1962 o órgão foi denominado Parlamento Europeu. As primeiras eleições diretas, impulsionadas pela Conferência de Paris de 1974, ocorreram entre os dias 7 e 10 de junho de 1979. Com o passar dos anos, o órgão foi sofrendo mudanças para se adequar à nova realidade do continente. Hoje em dia, a sessão plenária é o ponto culminante das atividades políticas do Parlamento, durante a qual os deputados adotam legislação e realizam debates.

Curiosamente, a Casa utiliza todas as 24 línguas oficiais da UE nas suas atividades quotidianas. Geralmente, no plenário, os deputados falam na sua própria língua, com apoio de um vasto corpo de tradutores e intérpretes que asseguram que documentos e intervenções sejam compreendidos.

Com quase oito mil funcionários, o Parlamento Europeu tem para 2019 um orçamento de 2 bilhões de euros, que correspondem a um custo de 3,6 euros por cidadão do bloco. Cerca de 55% dos funcionários do Parlamento são mulheres, sendo que a Bélgica é o país mais representado entre todo o quadro de empregados da entidade, seguida pela França, Itália, Espanha e Alemanha (ANSA).