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Geral 12/08/2015

em Geral
terça-feira, 11 de agosto de 2015

Botos da Baía de Guanabara estão entre os animais mais contaminados do mundo

 O pesquisador José Lailson Brito, da Uerj, monitora os poluentes nos organismos de animais que vivem na baía.

A informação é do coordenador das atividades de mamíferos aquáticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, José Lailson Brito

Desde 1992, ele monitora os poluentes nos organismos desses animais e os principais produtos encontrados, segundo ele, são compostos de origem industrial, muitos já banidos no país.
“Garanto que se formos analisar o tecido adiposo, o sangue e a urina de boa parte dos que estão aqui e que eventualmente interagem com a Baía de Guanabara, que se alimentam de pescado da baía, certamente têm os mesmos contaminantes”, disse. “Esses mesmos produtos que estão lá no tecido desses animais, fazendo um efeito ruim, estão na gente. É um problema de saúde pública”. O pesquisador lamentou a perda de mais um boto, vítima da poluição. “O que acontece aqui está sendo reproduzido na Baía de Sepetiba, não aprendemos nada. A Baía de Ilha Grande vai pelo mesmo caminho”.
Presente no brasão da cidade do Rio e ícone da fauna marítima da baía, o boto-cinza é hoje um animal em extinção. De uma população de mais de 800 animais na década de 1970, com essa última morte registrada restam apenas 36. “Os botos são o retrato do que é a Baía de Guanabara, que virou um estacionamento de navios, são mais de 80 navios fundeados” disse. O oceanógrafo alertou que a poluição acústica produzida por essas embarcações também é preocupante. “O ruído debaixo d’água nas áreas de fundeio é um absurdo e espanta a fauna”.
Para o presidente da Comissão Especial da Bahia de Guanabara, Flávio Serafini, o aumento da presença frequente de barcos da indústria do petróleo tem sido pouco discutido. Fundador do Movimento Baía Viva, o biólogo Sérgio Ricardo também destacou os efeitos desse novo perfil da baía para os pescadores e os usuários do local. Ele acrescentou que estão sendo dragadas três a quatro áreas de lama do tamanho do Maracanã e que 30% desse material estão contaminados por metal pesado, segundo o Ministério Público Estadual (ABr).

Um em cada quatro brasileiros desconhece que paga impostos

Perguntados se pagam algum tributo, 25% dos entrevistados responderam negativamente.

Um quarto da população brasileira não tem consciência de que paga impostos. É o que mostra pesquisa realizada pela Fecomércio RJ/Ipsos com 1200 pessoas em 72 municípios do país. Perguntados se pagam algum tributo, 25% dos entrevistados responderam negativamente, mesmo percentual registrado em 2014.
“A parcela significativa de brasileiros que ainda precisa ser estimulada a pensar sobre os impostos incidentes no seu dia a dia representa um misto de desafio e oportunidade. Quando as pessoas associam a motivação dos impostos com a prestação adequada de serviços públicos, elevamos o nível do debate. As dificuldades na economia hoje têm a ver com o custo elevado dos impostos e da burocracia para empresas e consumidores. Quanto mais qualificado esse debate, mais próximos estaremos de uma solução”, afirma o economista da Fecomércio RJ, Christian Travassos.
Entre os 73% dos brasileiros que afirmaram pagar algum imposto, 69% indicaram o pagamento de tributos municipais – como IPTU e taxas municipais em geral (iluminação e lixo); 54% citaram os impostos indiretos, sobre produtos e serviços; 39% citaram os estaduais, como IPVA e 17%, os federais, como imposto de renda. Esses últimos registraram alta de cinco pontos percentuais em relação ao ano passado. Quanto estimulados a avaliar a incidência de impostos no momento do consumo, 96% dos brasileiros reconhecem o pagamento sobre o gasto com energia elétrica, alta de quatro pontos percentuais em relação ao ano passado.
O mesmo percentual de brasileiros (96%) identifica que paga tributos na compra de alimentos, também alta de quatro pontos sobre 2014. Os entrevistados identificam ainda incidência de impostos sobre telefonia (93%), vestuário (93%), higiene (93%), produtos de saúde (90%), serviços bancários (89%), serviços pessoais (89%) e combustível (86%), todos com alta em relação ao ano passado. Apenas habitação (86%) caiu três pontos percentuais em relação a 2014.

Fragmentos de míssil são achados entre peças do MH17

Fragmentos do que pode ser um míssil russo foram encontrados no local da queda do voo MH17, da Malaysia Airlines, informaram investigadores holandeses à emissora britânica “BBC”. Os restos seriam do sistema de mísseis Buk, usados pelos rebeldes ucranianos na luta contra o governo de Kiev. Segundo os especialistas, as peças poderão ajudar a esclarecer as causas da queda do avião. Porém, até o momento, eles não conseguiram comprovar que foi isso que provocou o acidente.
O MH17 caiu em uma área de intenso conflito entre os separatistas e o Exército ucraniano no dia 17 de julho de 2014, com 298 pessoas a bordo. Desde o início das investigações, os países ocidentais afirmam que a aeronave foi derrubada por um míssil terra-ar fornecido pelos russos aos rebeldes.
Por sua vez, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sempre rebateu as acusações e usou seu poder de veto para impedir um julgamento sobre o caso por um tribunal internacional. Segundo um relatório apresentado por seu país, foi um dispositivo ar-ar, que não foi fabricado na Rússia, e foi disparado pelos ucranianos quem derrubou a aeronave (ANSA).

Atletas passam mal em evento-teste na Lagoa

Pelo menos 14 atletas estrangeiros passaram mal durante o Mundial Júnior de Remo, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, evento-teste para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. De acordo com o Comitê Organizador Rio 2016, oito americanos, três ingleses e três australianos tiveram diarreia.
O comitê organizador informou que eles receberam atendimento médico antes da competição com o diagnóstico de diarreia dos viajantes, problema intestinal comum após viagens longas. No entanto, em entrevista à agência de notícias internacional Associated Press, a médica responsável pela delegação americana, Kathryn Ackerman, suspeita que a causa seja o contato com a água da lagoa (ABr).

Desejo de viajar pelo Brasil tem o maior índice dos últimos cinco anos

Desejo temporario

A maior parte dos brasileiros que deseja viajar pelos próximos seis meses escolheu um destino nacional, revela boletim de julho do Ministério do Turismo. O índice atingiu 73,3%, o maior registrado para o mês nos últimos cinco anos. “O Brasil se coloca como um destino de inúmeras possibilidades, capaz de agradar a todo tipo de viajante”, afirma o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves. “Há desde destinos de aventura e ecoturismo até aqueles que privilegiam a cultura”, disse.
A região Sudeste também cresceu na preferência dos entrevistados pelo segundo ano consecutivo. Estima-se que 29,5% dos brasileiros tenham escolhido um destino da região mais populosa do país para os próximos seis meses. Em comparação com o mês de julho de 2014, houve um crescimento de 35,3%. O Nordeste, no entanto, ainda aparece como região preferida dos brasileiros (43,5%).
O Boletim de intenção de viagem do Ministério do Turismo também revelou uma elevação considerável de intenção de viagem por destinos brasileiros entre os jovens com menos de 35 anos. A maioria (73,3%) tem preferência por destinos turísticos nacionais. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um crescimento de 38,5%. A pesquisa foi feita em sete capitais com cerca de duas mil pessoas, que representam 70% do fluxo turístico do país (MTur).

Hospital estadual quer reduzir a zero dor em pacientes operados

O Centro de Referência em Saúde do Homem, unidade da Secretaria de Estado da Saúde lançou uma campanha que tem como objetivo reduzir a zero os quadros de dor em pacientes operados. A iniciativa, batizada “Agosto sem dor” e voltada ao treinamento de médicos e enfermeiros, foi idealizada para aprimorar técnicas e protocolos que identificam mais rápido os sintomas de dor em pacientes internados que passaram por cirurgias urológicas.
Durante todo este mês de agosto, além de treinamentos, palestras e banners espalhados pelo hospital, os profissionais de saúde também utilizarão um crachá amarelo com a pergunta: “De 0 a 10 qual é o nível de dor que você está sentindo?”. O crachá reproduz o desenho da Escala Visual Analógica (EVA), utilizada como padrão mundial para aferir a dor dos pacientes. “A ideia de destacar a EVA no jaleco ou uniforme do médico fará com que tanto médicos, enfermeiros e o próprio paciente tenham mais adesão a campanha e solicitem mais rápido a intervenção para o controle da dor”, explica a médica Susana Miyahira, anestesiologista e especialista em dor.
A proposta fará com que os profissionais de saúde garantam uma melhor avaliação sobre a eficácia dos tratamentos oferecidos para cada paciente. A campanha também propõe desmistificar a lenda sobre a eficácia mais rápida de analgésicos orais versus injetáveis. “Existe uma falsa ideia sobre a rapidez da ação de medicamentos na veia o por boca. Esses protocolos auxiliam na compreensão sobre a melhor via, pois nem sempre a aplicação de medicamentos analgésicos administrados na veia são adequados para todos os pacientes”, reforça o urologista e coordenador do Centro do Homem, Claudio Murta (SES).

EUA fazem primeira visita oficial a Cuba em 70 anos

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, visitará Cuba na próxima sexta-feira (14). Será a primeira vez que um alto executivo do governo norte-americano estará na ilha, desde que as relações diplomáticas começaram a ser restabelecidas. Kerry vai participar da cerimônia para içar a bandeira norte-americana na Embaixada dos Estados Unidos, inaugurada em julho em Havana, e será o primeiro chefe da diplomacia do país a visitar a ilha em 70 anos.
Além da cerimônia, Kerry deverá se encontrar com a alta cúpula do governo cubano. Embora a agenda ainda não tenha sido divulgada, a previsão é que ele se reúna com o chanceler Bruno Rodríguez. Segundo a Casa Branca, a agenda prevê a continuidade do diálogo de reaproximação. Os temas sensíveis para Cuba são o embargo econômico e financeiro imposto pelos Estados Unidos à ilha e a restituição do território onde se encontra a base norte-americana de Guantánamo, no Sul.
Para os norte-americanos, os direitos humanos, a situação dos dissidentes e o tráfico de seres humanos são temas importantes nas conversações. A imprensa internacional, que acompanha a reaproximação, e analistas entrevistados nos Estados Unidos afirmam que apesar do “recomeço” ainda há muito o que se alcançar para o pleno restabelecimento das relações (ABr).