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Geral 12/05/2016

em Geral
quarta-feira, 11 de maio de 2016

Zootecnia celebra cinquentenário no Brasil

Ainda no segmento pet, o zootecnista pode atuar no comportamento animal, como Alexandre Rossi.

Completa 50 anos amanhã (13),  a inauguração do primeiro curso de graduação da Zootecnia no Brasil

O ensino foi iniciado na PUC de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. Comemora-se, nesta data, o Dia do Zootecnista. De lá para cá, o País passou a contar com mais de 100 cursos de graduação na área, que em 2016 passarão pela avaliação periódica do último triênio.
Pesquisadores acreditam que a exploração dos animais pelo homem tenha começado na Ásia, em 7000 a.C, mas a Zootecnia como disciplina surgiu apenas em 1848, no Instituto Agronômico de Versalhes, na França. No Brasil, a institucionalização aconteceria 118 anos depois. O mercado de trabalho, ainda que afetado pela crise econômica, gera boas oportunidades, por ter como mola propulsora o bom desempenho do agronegócio frente aos demais segmentos da economia nacional. O PIB do setor cresceu 1,8% em 2015 na comparação com o ano anterior, enquanto no período o nacional caiu 3,8%, de acordo com dados do IBGE.
“Se hoje o Brasil é reconhecido o maior exportador de carne bovina, o segundo maior produtor de frango e quarto produtor de suínos no mercado mundial, muito se deve ao trabalho sério que os zootecnistas desenvolvem nas fazendas e granjas”, afirma o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), Mário Eduardo Pulga. Abrangente, o campo de atuação para o zootecnista engloba atividades para além das relativas ao agronegócio, com animais silvestres, de companhia, esporte e lazer, em fazendas e granjas, estabelecimentos agroindustriais, indústria de rações, fármacos, produtos biológicos e outros insumos para animais.
O profissional também pode exercer suas atividades em instituições de ensino e centros de pesquisa e em empresas de consultoria e comercialização agropecuária. O presidente do CRMV-SP destaca, também, o competente trabalho feito por zootecnistas na preservação da fauna e na criação de animais de companhia, lazer e esporte. “O conhecimento aprofundado destes profissionais sobre as características de cada espécie e de cada raça, aliados à tecnologia, tem gerado resultados expressivos”, diz.
Regulamentada em 04 de dezembro de 1968 pela lei federal 5.550, o curso de Zootecnia teve seu currículo mínimo e duração estabelecidos pelo Parecer 406, Resolução n° 6. Em 1984, foram elaborados novos currículos. Em 1997 através do Edital 04/97 da Secretaria de Educação Superior do MEC, os órgãos competentes novamente debatem uma reforma. Uma resolução de 2006 do MEC instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso.
O CRMV-SP é o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do Estado. Assessora os governos da União, Estados e Municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas. Funciona ainda como Tribunal de Honra de médicos-veterinários e zootecnistas, zelando pelo prestígio e bom nome dessas profissões.

Brasil tem 1.326 casos confirmados de microcefalia

Brasil tem 1.326 casos confirmados de microcefalia. São 55 casos a mais do divulgado no balanço anterior, na quarta-feira (4).

O Ministério da Saúde informou ontem (11) que foram confirmados, em todo o país, 1.326 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita. Os dados foram coletados até 7 de maio. Desde o início das investigações, em outubro de 2015, foram notificados 7.438 casos suspeitos – 2.679 foram descartados e 3.433 permanecem em investigação. O balanço anterior, feito até o dia 30 de abril, apontava 1.271 casos confirmados.
De acordo com a pasta, os 1.326 casos confirmados foram registrados em 484 municípios de 25 unidades da Federação. Até o momento, apenas no Acre e em Santa Catarina não há confirmação de casos. O Nordeste continua liderando o número de casos confirmados (1.190). Há ainda 2.419 casos em investigação na região. Do total, 205 casos tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus Zika. “O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia”, informou o comunicado.
Foram registrados ainda, segundo o boletim, 262 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto) em todo o país. Desses, 56 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central, 32 foram descartados e 174 continuam em investigação. “O Ministério da Saúde ressalta que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do Zika, como sífilis, toxoplasmose, outros agentes infecciosos, rubéola, citomegalovírus e herpes viral”, destaca o texto (ABr).

700 famílias ainda esperam indenização de Belo Monte

A unidade da Defensoria Pública da União (DPU), que está em Altamira (PA) para atender às famílias atingidas pela construção da Usina de Belo Monte, tem atualmente em análise cerca de 700 casos de pedidos de reassentamento ou indenização de pessoas que tiveram de deixar suas moradias. Segundo o defensor-chefe da unidade, Walber Rondon Ribeiro Filho, a maioria dos casos é de famílias que não têm a documentação necessária para comprovar o direito a receber algum benefício.
“Aqui existe uma condição de vida que é peculiar, as pessoas têm muito pouco registro de sua história de vida: documentação de que viveu naquele lugar em determinado período, documentação sobre renda. As relações familiares também são bem peculiares, existe uma coisa diferenciada de a pessoa ter filhos com um, dois ou três companheiros e as relações se misturam em uma única casa. Então, hoje temos mais dificuldades até para judicializar as questões e instrumentalizar com o mínimo de documentação, de verossimilhança daquilo que as pessoas alegam”, diz o defensor.
Desses 700 casos pendentes referentes a pedidos de reassentamento urbano, cerca de 200 casos resultaram em ações judiciais movidas pela DPU. Em alguns casos, são feitas negociações individuais entre as famílias e a Norte Energia, empresa responsável pela usina, com mediação da defensoria. Mas o trâmite na Justiça é lento, porque só há um juiz federal na cidade.
“A Justiça local está muito defasada. A lentidão do judiciário é o maior empecilho para esses casos se resolverem mais rápido”. A Norte Energia diz que as negociações com as famílias já foram encerradas, mas a empresa analisa situações específicas por solicitação de algum grupo familiar ou da Defensoria Pública da União. Segundo a empresa, foram atendidas 7.405 famílias na área urbana e 2.518 famílias na área rural, totalizando 9.923 famílias reassentadas ou indenizadas (ABr).

Soltar balões oferece sérios danos à natureza

A prática de soltar balões é considerada crime ambiental, com pena de até três anos de detenção e pagamento de multa.

Com a proximidade das festas de São João, durante o mês de junho, o risco de incêndios provocados por balões aumenta consideravelmente. Estima-se até 30% a mais de casos nessa época do ano. “São inúmeros os danos que a queda de um balão pode provocar. De incêndios de grandes proporções em áreas urbanas a queimadas em áreas verdes de difícil combate, o fogo acaba provocando prejuízos incalculáveis às pessoas e também ao meio ambiente, à natureza”, diz o Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).
De acordo com o Biólogo, as queimadas destroem a fauna e a flora nativas, causam empobrecimento do solo e reduzem a penetração de água no subsolo, entre outros danos ao meio ambiente. “Além da destruição que o incêndio provoca de imediato, o local atingido pelo fogo acaba sofrendo com outras sérias consequências. O desaparecimento de determinadas espécies, animal ou vegetal, pode acabar desencadeando outros problemas, ameaçando seriamente a nossa biodiversidade”, alerta Puorto.
Proibida desde 1998, a prática de soltar balões é considerada crime ambiental, com pena de até três anos de detenção e pagamento de multa. “No entanto, só a lei não inibe a ação dos baloeiros. Por isso, é importante maior rigor no combate à prática, principalmente por meio de denúncias, até mesmo em casos apenas de suspeita”, defende o Biólogo. As denúncias podem ser feitas anonimamente ao Corpo de Bombeiros, às prefeituras, às secretarias estaduais do Meio Ambiente e também ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Embora esses números não estejam relacionados exatamente à queda de balões, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil teve um aumento de 27,5% no número de queimadas, em 2015. No ano passado, foram detectados por satélites 235 mil pontos de calor, ante 184 mil de 2014. Mato Grosso, um dos estados da jurisdição do CRBio-01, ocupa a terceira posição da lista, ficando atrás do Pará e do Maranhão, com 32.984 focos de incêndio registrados em 2015. Mato Grosso do Sul aparece na 12ª posição, com 5.304 focos de incêndio registrados, e São Paulo na 17ª posição, com 1.984 registros.

41 milhões de deslocados no mundo

Um número inédito de 41 milhões de pessoas estava deslocada no mundo em 2015, principalmente por causa da guerra – mais de metade na Síria, no Iêmen e no Iraque, mostra relatório divulgado ontem (11). No ano passado, foram registrados 8,6 milhões de novos deslocados devido a conflitos armados, dos quais 4,8 milhões no Oriente Médio e na África do Norte, elevando o total para 40,8 milhões, informou o Observatório das Situações de Deslocamento Interno.
“Este número representa o dobro do número de refugiados no mundo”, disse Jan Egeland, secretário-geral do Conselho Norueguês para os Refugiados, um dos coautores do documento do observatório, sediado em Genebra. De acordo com o rexto, a tendência “acelerou depois do início das primaveras árabes, no final de 2010, e da emergência do grupo Estado Islâmico”. Este foi o quarto ano consecutivo em que o número de deslocados superou o recorde estabelecido no ano anterior (Ag. Lusa).

Papa pede orações para Brasil ter ‘harmonia e paz’

O papa Francisco pediu orações ontem (11) para que o Brasil encontre “harmonia e paz” durante a atual crise política que a nação vive. Para isso, o Pontífice invocou a intercessão de Nossa Senhora de Aparecida, a santa católica considerada a padroeira do Brasil. O pedido foi feito durante a tradicional saudação em português na audiência geral na Praça São Pedro.
Essa é a primeira vez que o sucessor de Bento XVI fala publicamente sobre a crise brasileira. Na semana passada, o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, havia dito à “Rádio Vaticana” que o “Santo Padre está preocupado e que reza pelo nosso país”. O religioso ainda contou que Jorge Mario Bergoglio está acompanhando o desenrolar da crise brasileira.
Na última segunda-feira (9), a atriz brasileira Letícia Sabatella e a juíza Kenarik Boujikian Felippe, que atua no TJ-SP, se reuniram com o Papa para falar sobre a crise no Brasil e entregar um manifesto de movimentos sociais sobre a situação no país.
Segundo Felippe, o Pontífice ficou reunido com elas por mais de uma hora. Já Sabatella informou à “Rádio Vaticana” que Francisco foi “extremamente acolhedor e gentil” e que “disse que vai falar algo sobre o diálogo, que é o princípio da democracia” (ANSA).