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Geral 11/08/2015

em Geral
segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Projeção de instituições financeiras para a inflação este ano chega a 9,32%

 O IPCA acumulado nos primeiros sete meses chegou a 6,83%, o mais elevado desde 2003.

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), chegue a 9,32% este ano. Para o próximo ano, a expectativa é inflação menor: 5,43%

Na semana passada, a estimativa estava em 5,40%. As projeções estão acima do centro da meta de inflação, 4,5%. O teto da meta, 6,5%, deve ser estourado este ano. Na última sexta-feira (7), o IBGE informou que o IPCA acumulado nos primeiros sete meses do ano chegou a 6,83%, o índice mais elevado para o período de janeiro a julho desde 2003 (6,85%). Em 12 meses encerrados em julho, a taxa ficou em 9,56%.
Para as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 14,25% ao ano até o fim de 2015 e ser reduzida em 2016, encerrando o período em 12% ao ano. A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Selic e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
A expectativa das instituições financeiras para a retração da economia, este ano, passou de 1,80% para 1,97%, na quarta piora seguida. Para o próximo ano, as instituições não esperam mais por crescimento do PIB. A estimativa é estabilidade (crescimento zero), ou seja, não deve haver nem crescimento, nem queda. Na semana passada, a previsão era crescimento de 0,20%.
Na avaliação do mercado financeiro, a queda na produção industrial passou de 5% para 5,21%, este ano. Em 2016, a projeção de crescimento foi ajustada de 1,30% para 1,15%. A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 7,67% para 7,66%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa subiu de 7,64% para 7,69%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) passou de 8,76% para 9,17%, este ano.
A projeção para a cotação do dólar subiu de R$ 3,35 para R$ 3,40, ao final de 2015, e de R$ 3,49, para R$ 3,50 no fim de 2016. Na semana passada, o BC anunciou aumento na intervenção no câmbio para tentar conter a alta da moeda americana. Na última sexta-feira, o dólar comercial fechou cotado a R$ 3,508, com queda de R$ 0,029 (-0,83%) (ABr).

CGU tem novos critérios para fiscalizar estados e municípios

O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Valdir Moysés Simão.

Um programa lançado ontem (10) ajudará a Controladoria-Geral da União (CGU) a fiscalizar recursos que são repassados pelo governo federal a estados e municípios. Com o Programa de Fiscalização em Entes Federativos, o processo de escolha dos municípios que serão fiscalizados passará a adotar, também como critério, alguns indicadores de vulnerabilidades identificados nos entes da federação. Desde 2003, a escolha é feita em sorteios públicos. Esse tipo de escolha também sofrerá algumas alterações, passando a abranger capitais e municípios com mais de 100 mil habitantes.
Até então, essas fiscalizações por sorteio eram feitas a partir do órgão federal responsável pelo repasse dos recursos. Agora, poderá ser feito a partir do governo local para onde os recursos foram repassados, o que garante um foco diferenciado para os fiscais. Serão sorteados, a cada ciclo, quatro capitais, 24 municípios com até 50 mil habitantes, sete com população entre 50 mil e 100 mil habitantes, e dez com mais de 100 mil habitantes.
Na seleção baseada na chamada matriz de vulnerabilidade, serão levados em consideração 12 indicadores, divididos em quatro grupos: desenvolvimento econômico-social; materialidade das transferências já feitas (que, em alguns casos, sequer foram apresentadas nas contas anuais); transparência e controle – este último, a partir de registros e indicadores levantados anteriormente pela CGU.
A nova metodologia traz mais inteligência e assertividade na escolha dos alvos de investigação dos municípios que recebem verbas do Executivo Federa”, disse o chefe da CGU, ministro Valdir Simão, na cerimônia de lançamento do programa. “Vulnerabilidade não significa fraude ou corrupção e sim que, nesses municípios, há maior probabilidade de encontrarmos problemas. É claro que, havendo indicativo ou achado relativo a fraude ou corrupção, as medidas serão adotadas junto às autoridades competentes”, afirmou Simão (ABr).

Candidato governista vence prévias na Argentina

Candidato temporario

O candidato governista, Daniel Scioli, venceu as prévias nacionais para definir quem pode suceder a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, que, em dezembro, conclui seu segundo e ultimo mandato. Dos 15 postulantes ao cargo, ele foi o mais votado – mas não obteve votos suficientes para assegurar a vitória no primeiro turno, no próximo dia 25 de outubro. Ele teria que enfrentar o segundo colocado, o empresário Maurício Macri – favorito da oposição – no segundo turno, dia 22 de novembro.
Com 72,76% dos votos apurados, Scioli – candidato único da Frente para a Vitória (FPV) – obteve 37,34% dos votos. Ele precisaria de 45% para ganhar no primeiro turno – ou 40% e uma diferença de dez pontos porcentuais em relação ao segundo colocado. A coalizão de Macri, Cambiemos, obteve 30,99% dos votos. Em terceiro lugar, com 20,83%, ficou a Una – agrupação politica de Sérgio Massa, que era kirchnerista, antes de passar para a oposição.
“Esses resultados podem mudar até as eleições, daqui a dois meses e meio”, disse o analista político Rosendo Fraga. “Mas por serem nacionais, simultâneas e obrigatórias, as prévias na Argentina são um retrato da realidade porque todos os eleitores tiveram que ir às urnas escolher um candidato”. Antes mesmo de saber os resultados finais, os três mais votados comemoraram a vitória (ABr).

COI diz estar confiante com preparativos para Rio 2016

Carlos Nuzman, do COB, e a presidenta da Comissão de Coordenação do COI, Nawal El Mountawakel.

A presidenta da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional para os Jogos Olímpicos de 2016, Nawal El Mountawakel, elogiou a realização dos eventos testes e destacou que ainda há muito trabalho a ser feito. Nawal participou ontem (10) de reuniões da comissão, na sede do Comitê Rio 2016, que organiza os jogos. “Os eventos-teste já estão ocorrendo, e quatro já foram concluídos com sucesso”, disse Nawal, que acrescentou: “Vocês estão entregando as instalações a tempo para os eventos teste. Essas instalações serão um grande legado para as delegações”.
Nawal destacou que os jogos estão agora em sua última etapa de preparação, que é a fase dos preparativos operacionais. Ela também elogiou as parcerias com a iniciativa privada: “Vocês estão no caminho certo. Atingiram grande sucesso com seu programa de marketing, que trouxe algumas das empresas mais importantes do Brasil para os Jogos Olímpicos”, disse ela, que também falou sobre o grande interesse na compra de ingressos e pelo revezamento da tocha olímpica. “Estou confiante de que o melhor está por vir, mas todos temos muito trabalho a fazer”, disse pouco antes de encerrar seu discurso. Também participaram do encontro o presidente do COB e do Comitê Rio 2016, Carlos Nuzman, e o Prefeito do Rio, Eduardo Paes (ABr).

2,4 bilhões de euros contra crise migratória

A Comissão Europeia aprovou ontem (10) a destinação de 2,4 bilhões de euros para programas de combate à imigração ilegal nos seus Estados-membros até 2020. O dinheiro sairá do Fundo de Integração, Asilo e Imigração (Amif, na sigla em inglês) e do Fundo de Segurança Interna (ISF) do bloco. Ao todo, serão beneficiados 23 projetos nacionais de nações que têm de lidar com altos fluxos migratórios, como Itália (558 milhões de euros) e Grécia (474 milhões de euros).
Apenas nesta segunda, operações coordenadas pela Guarda Costeira italiana socorreram mais de 1,5 mil imigrantes no mar Mediterrâneo. Eles estavam em sete embarcações clandestinas que tinham partido da Líbia rumo ao país europeu. Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 2 mil pessoas já morreram em 2015 nessas travessias (ANSA).

Alemanha lucrou com a crise grega

A Alemanha “se beneficiou claramente com a crise grega”, em mais de 100 bilhões de euros, segundo um estudo divulgado pelo Instituto de Investigação Econômica Leibniz, informou a agência France Presse. O instituto, sem fins lucrativos, considerou que o valor representa a poupança garantida pela Alemanha por meio de baixas taxas de juros sobre as suas obrigações, resultantes da atração da sua economia sobre investidores assustados com a instabilidade grega.
Quando os investidores enfrentam dificuldades, procuram tipicamente um mercado seguro para o seu dinheiro, e a sólida economia alemã “se beneficiou desproporcionalmente” desse fato durante a crise da dívida na Grécia, diz o estudo, acrescentando que as poupanças “excedem os custos da crise, mesmo se a Grécia não pagasse todas as suas dívidas”. “Nos anos recentes, cada vez que os mercados financeiros souberam de notícias negativas sobre a Grécia, as taxas de juros sobre as obrigações do governo alemão caíram, e cada vez que as notícias foram boas, estas subiram”, defende o documento. A Alemanha exigiu à Grécia disciplina fiscal e duras reformas econômicas em troca da ajuda de credores internacionais.
O ministro das finanças alemão, Wolfgang Schäuble, opôs-se a uma reestruturação da dívida grega, apontando para o orçamento equilibrado do seu governo. O instituto, porém, defende que o equilíbrio orçamental alemão só foi possível graças às poupanças em taxas de juros por causa da crise de dívida grega. Os estimados 100 bilhões de euros que a Alemanha poupou desde 2010 constituíram cerca de 3% do PIB do país. Outros países como os Estados Unidos, a França e a Holanda também beneficiaram, mas “a um nível muito mais reduzido”. O dinheiro investido pela Alemanha em pacotes de resgate internacionais chegou a cerca de 90 bilhões de euros (Ag. Lusa).