52 views 4 mins

A falta de um plano de sucessão compromete o futuro da empresa

em Espaço empresarial
sexta-feira, 06 de dezembro de 2024

A ausência de um plano de sucessão bem estruturado pode gerar consequências graves, afetando tanto a continuidade quanto a reputação do negócio. Por essa razão, planejar a sucessão de lideranças é um passo essencial para empresas que desejam crescer de forma sustentável e manter a estabilidade diante de imprevistos.

Uma pesquisa realizada em 2023 pelo Sebrae apontou que, em média, 29% dos Microempreendedores Individuais (MEIs) encerram suas atividades nos primeiros cinco anos de operação. Para as Microempresas (MEs), essa taxa é de 21,6%, enquanto para as Empresas de Pequeno Porte (EPPs), é de 17%.

Segundo Marcus Marques, especialista em gestão empresarial e fundador do Grupo Acelerador, a transição de liderança, quando não planejada, costuma causar desorganização interna, perdas financeiras e falhas na tomada de decisão.

“Em empresas onde não há preparo, cargos importantes podem ficar desocupados por períodos prolongados, impactando diretamente os resultados e a produtividade. Além disso, a falta de perspectiva de crescimento pode levar os melhores talentos a buscar oportunidades fora da organização, deixando um vácuo ainda maior”, alerta.

O plano de sucessão vai muito além de selecionar possíveis substitutos, envolvendo a identificação de posições estratégicas, avaliação do potencial interno e o desenvolvimento contínuo de lideranças. Empresas que investem nesse processo garantem uma transição mais tranquila e preservam o conhecimento organizacional, além de estimular o engajamento dos colaboradores, visando o longo prazo.

Marques acredita que, sem um plano, há um risco real de que as lideranças escolhidas não estejam preparadas para lidar com os desafios do cargo. “Isso pode resultar em decisões ineficazes ou pouco produtivas, que prejudicam o desempenho e a credibilidade do negócio. Além disso, a ausência de uma sucessão planejada enfraquece a cultura organizacional, dificultando o alinhamento entre os valores da empresa e as expectativas dos colaboradores”, pontua.

Para evitar os impactos de uma sucessão mal planejada, é necessário adotar medidas práticas e objetivas. “Identificar as posições-chave, avaliar periodicamente o desempenho e o potencial de líderes internos e investir em programas de treinamento são passos fundamentais. Revisar o plano regularmente também é indispensável, garantindo que ele se adapte às mudanças do mercado e às novas demandas da organização”, afirma.

Além disso, o plano deve ser transparente, incentivando a participação ativa dos colaboradores no processo. Isso fortalece o senso de pertencimento e cria um ambiente de confiança, onde os talentos se sentem valorizados e preparados para assumir novos desafios.

Empresas que negligenciam o planejamento de sucessão correm o risco de enfrentar crises desnecessárias e comprometer sua continuidade. Um plano bem estruturado não apenas prepara a organização para lidar com mudanças de liderança, mas também fortalece a resiliência e a competitividade do negócio no mercado. Investir em sucessão é investir no futuro. – Fonte e outras informações: (https://www.aceleradorempresarial.com.br/).