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Pesquisa mostra concentração de riqueza no país em 2018

em Economia
quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Em 2018, os 25 municípios mais ricos do país detinham 36,3% do PIB. Em 2002, esse percentual era maior: 40,6%. Os dados constam da pesquisa PIB dos Municípios 2018, divulgada ontem (16) pelo IBGE. Se forem considerados os 100 municípios mais ricos, a participação chega a 55% do PIB. Em 2002, era 59%. O Brasil tem 5.570 cidades. Dos 25 maiores PIBs, 12 capitais somavam 27,6% da produção e 13 não capitais, 8,6%. O líder em participação era São Paulo, responsável por 10,2% do PIB do país que, naquele ano, chegou a R$ 7 trilhões.

Em seguida vêm Rio de Janeiro, com 5,2% e Brasília, com 3,6%. A atividade econômica na região de São Paulo, que reúne 92 municípios adjacentes à capital paulista, com forte interação, gerava o equivalente a um quarto do PIB do país. “É um indicador de concentração evidente, mas tem uma tendência de desconcentração em relação a 2002”, disse o analista do IBGE, Luiz Antonio de Sá. Os 1.346 municípios de menores PIBs responderam por cerca de 1% do PIB do país e por 3,1% da população brasileira.

“Nota-se que, entre esses, os situados nos estados do Piauí (156), Paraíba (134), Rio Grande do Norte (79) e Tocantins (69) representavam cerca de 50% das municipalidades de seus respectivos estados. Em 2002, 1.383 correspondiam a 1% do PIB e somavam 3,7% da população nacional”, informou o IBGE. Em 49,2% dos municípios do país, a administração pública foi a principal atividade econômica em 2018. Esse predomínio ocorria em mais de 90% das cidades do Acre, Roraima, Amapá, Piauí, Paraíba, Distrito Federal e em apenas 9,6% dos municípios do estado de São Paulo.

Entre 2017 e 2018, os municípios com maior ganho de participação no PIB do país foram Maricá, Niterói e Campos dos Goytacazes, cada um com acréscimo de 0,2 ponto percentual (p.p.), e se deveram à alta do preço internacional do petróleo. Os dez municípios com os maiores PIB per capita somavam 1,5% do PIB nacional e 0,2% da população brasileira. Presidente Kennedy (ES), com R$ 583.171,85, apresentou o maior PIB per capita em 2018, seguido por Ilhabela (SP), ambos devido à extração de petróleo. Entre as capitais, Brasília, com R$ 85.661,39, ocupou a primeira posição em relação ao PIB per capita em 2018, enquanto Belém ocupou a última (R$ 21.191,47).