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Mesmo com boas perspectivas, caiu a confiança do comércio

em Economia
sexta-feira, 21 de maio de 2021

Embora com expectativa positiva com as vendas de Dia das Mães, a confiança do empresário do comércio caiu novamente em maio, na passagem contra abril. Apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) apresentou redução de 1,2%, atingindo 91,3 pontos. Assim, o índice aparece na zona de insatisfação pela segunda vez consecutiva. Por outro lado, mostra suavização do ritmo de queda.

A performance do Icec prenuncia um começo de ano preocupante, apesar dos esforços das políticas públicas para mitigar os efeitos sobre o consumo e o mercado de trabalho. Além das condições gerais da economia, a queda do índice pode relacionar-se com a baixa capacidade de reativação do consumo. Somam-se a esta situação a demora com a terceira fase do Pronampe e o atraso das medidas protetivas ao emprego, bem como o adiamento do pagamento de parcelas de empréstimos e débitos fiscais.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, explica que os efeitos das medidas de restrição às atividades de comércio e de serviços podem ainda ser percebidos sobre o setor. Em especial com o ritmo da vacinação. Isso pode ter gerado dificuldade no aumento de circulação de pessoas, o que prejudica as compras presenciais, um ainda grande e importante mecanismo do consumo.

“Mesmo com os incentivos do governo, como a nova rodada do auxílio emergencial, estamos falando de uma conjuntura econômica ainda complexa por causa da inflação e desemprego, o que afeta decisões e expectativas dos empresários”, completa Tadros. O economista da CNC responsável pela pesquisa, Antonio Everton, pontua que a melhora no otimismo dos comerciantes foi a única explicação responsável pela suavização na queda do Icec (AI/CNC).