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Índice Nacional da Construção Civil tem alta de 1,71% em outubro

em Economia
sexta-feira, 06 de novembro de 2020

Com esse aumento, ficou 0,27 ponto percentual acima da taxa de setembro, quando registrou 1,44%. O resultado, divulgado na sexta-feira (6) pelo IBGE, é a maior elevação do ano. De janeiro a outubro, o índice acumula aumento de 6,13% e nos últimos 12 meses a alta chega a 6,48%. Os acumulados no ano atingiram 9,97% em materiais e 1,89% em mão de obra. Em 12 meses os acumulados foram de 10,01% nos materiais e de 2,55% na mão de obra.

O crescimento de 3,17% da parcela de materiais influenciou a alta dos custos, com aumento generalizado em diversos produtos, acelerando as elevações já registradas em julho (0,48%), agosto (1,60%) e setembro (2,55%). O gerente da pesquisa, Augusto Oliveira, disse que as maiores altas em cinco produtos causaram impacto no item materiais, levando à taxa mensal de 1,71%.

“Em outubro, dos cinco produtos com maiores altas, três eram do grupo de vergalhões – arames e barras de aço – os outros foram bloco/telhas cerâmicas. Esses dois grupos registraram variações médias nacionais, respectivamente, de 9,06% e 7,62%. Cimento e esquadrias metálicas também apresentam variações acumuladas expressivas, com médias nacionais de 21,65% e 21,89% respectivamente”, observou.

A parcela de mão de obra tem se mantido estável e registrou taxa de 0,04%. Com isso, teve desaceleração de 0,16 ponto percentual (p.p), em relação ao mês anterior (0,20%) e 0,07 p.p. na comparação com a taxa de outubro de 2019 (0,11%). O índice mostrou ainda que o custo nacional da construção, por metro quadrado, ficou em
R$ 1.229,72, sendo R$ 666,03 relativos aos materiais e R$ 644,38 à mão de obra. Em setembro, era R$ 1.209,02.

Todos os estados da Região Nordeste registraram alta significativa na parcela dos materiais. Os destaques foram Sergipe (3,24%), Bahia (2,93%), Pernambuco (2,91%) e Alagoas (2,35%). O Nordeste teve a maior variação regional em outubro (2,07%). O Norte foi a segunda mais alta, 1,86%, seguida do Sul 1,77%, Sudeste 1,52% e Centro-Oeste 1,17%. Sergipe, pela segunda vez consecutiva, foi o estado que apresentou a maior variação mensal (3,24%), com alta observada na parcela dos materiais (ABr).