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Governo defende cobrança direta de ICMS nas refinarias

em Economia
sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

O presidente Jair Bolsonaro defendeu uma mudança na forma de cobrança do ICMS sobre os combustíveis. Segundo ele, o tributo deveria ser calculado sobre o valor vendido nas refinarias e não nos postos de combustíveis. O ICMS é um tributo estadual que varia de 25% a 34%, no caso da gasolina, sobre o valor do litro vendido nos postos. A alíquota de ICMS sobre o diesel varia de 12% a 25%, e sobre o etanol de 12% a 34%, segundo a Fecombustíveis.

“O que eu pretendo é fazer com que o ICMS seja cobrado do preço do combustível na refinaria e não no final, na bomba de gasolina, aqui na frente. Hoje em dia, a média do ICMS é 30% do preço da bomba, vamos arrendondar os números. A gasolina está R$ 2 na refinaria, está R$ 5 lá na bomba. Os governadores, como regra, aplicam o ICMS, que é em 30%, no final da linha”. Uma eventual mudança de cobrança, é complexa e teria que contar com o apoio de governadores e do Congresso Nacional.

O ICMS sobre os combustíveis representa uma fatia importante de arrecadação tributária dos estados. “Vamos dividir responsabilidade. Um combustível mais barato ajuda a transportar tudo mais barato no Brasil. O frete cai de preço, o diesel cai de preço, ajuda todo mundo. Temos que fazer o contrário, em vez de aumentar imposto, vamos diminuir, porque a economia rodando mais, se ganha mais no final da linha”.

O presidente também defendeu a possibilidade de venda direta de etanol, pelas usinas, aos postos de combustível. Segundo ele, isso poderia reduzir em cerca de 20 centavos o valor do litro. Atualmente, essa venda direta é proibida por uma resolução da ANP. A norma estabelece que todo combustível deve passar por empresa distribuidora antes de chegar às bombas.