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Foi menor o número de motocicletas emplacadas em novembro

em Economia
quarta-feira, 09 de dezembro de 2020

As mudanças provocadas pela pandemia de covid-19 impactaram o setor. Foto: José Paulo Lacerda/CNI/ABr

A Abraciclo informou ontem (9) que, em novembro, foram emplacadas 89.409 motocicletas. O volume atingido supera em 1,2% o registrado em novembro de 2019, quando o total foi de 88.384 unidades. Em relação ao mês anterior, porém, houve queda de 7%. A soma do acumulado do ano é de 816.382 motocicletas. Em 2019, a essa altura, o setor já havia vendido 938.148 unidades, 17% a mais (166.766 unidades) do que este ano. As vendas no atacado também diminuíram, passando de 1.012.967 para 858.325 unidades, ou seja, uma diferença de 154.642 (15,3%).

Em novembro, o volume de exportações aproximou-se do alcançado em 2019, apresentando queda de 3,4%. No acumulado do ano, porém, o percentual já chega a 18%. Este ano, o setor remeteu ao exterior 29.147 unidades, contra 35.560 de 2019.
Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, as mudanças provocadas pela pandemia impactaram o setor. “Sofremos um desequilíbrio entre oferta e demanda, provocado pelo fato de que a motocicleta continua sendo um veículo acessível, ágil, de baixo consumo de combustível, baixo custo de manutenção”.

“Essa fuga do transporte público, com a busca pelo transporte individual, colocou a motocicleta num protagonismo inesperado. Além disso, com o serviço de entrega, ela ganhou um protagonismo que já era muito forte no mercado brasileiro e ficou ainda maior”, acrescentou. Quanto à produção de bicicletas, a expectativa é de que fique 20% abaixo do patamar de 2019 (919.924 unidades), totalizando 736 mil. A variação, em relação a novembro do ano passado foi negativa, de 19,7%.

O esperado era que o setor encerrasse o ano com uma produção de 1,175 milhão de motocicletas. Atualmente, o total é de 937 mil, quantia 15,4% inferior. Para Fermanian, “É difícil elaborar um plano efetivo, sem ter controle da pandemia e também em relação à recuperação da economia do país. A expectativa, no mínimo, é voltar pelo menos ao patamar de 2019 e zerar esse débito, esse negativo que será registrado em 2020”.