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Economia 29/11/2016

em Economia
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
Mercado financeiro reduziu projeção de inflação que deve fechar 2016 em 6,72%.

Projeção para inflação cai para 6,72% este ano

Mercado financeiro reduziu projeção de inflação que deve fechar 2016 em 6,72%.

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) reduziram a projeção de inflação pela terceira vez seguida

A estimativa de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 6,80% para 6,72%. Para 2017, a estimativa é mantida em 4,93% há duas semanas. As estimativas fazem parte de pesquisa feita pelo BC ao mercado financeiro sobre os principais indicadores econômicos.
As projeções ultrapassam o centro da meta que é de 4,5%. O teto da meta é 6,5% este ano, e 6% em 2017. A projeção de instituições financeiras para a queda da economia (Produto Interno Bruto – PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país), este ano, piorou ao passar de 3,40% para 3,49%. Para 2017, a expectativa de crescimento foi alterada de 1% para 0,98%.
O Copom do BC reúne-se hoje (29) e amanhã (30), para definir a taxa básica de juros, a Selic. A expectativa é que dê continuidade ao ciclo de cortes, com redução da taxa dos atuais 14% ao ano para 13,75% ao ano. Para o final de 2017, a expectativa para a Selic é 10,75% ao ano. A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia.
Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

Cinco estados respondem por 64,9% da economia

Cinco estados brasileiros responderam juntos por quase dois terços do PIB do país em 2014. As economias de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul e Paraná representaram 64,9% do PIB nacional naquele ano, segundo dados das Contas Regionais divulgados ontem (28) pelo IBGE. São Paulo continua sendo o principal motor da economia brasileira, respondendo por quase um terço do PIB do país (32,2%). O Rio de Janeiro, segunda maior força econômica do país, respondeu por 11,6%.
Minas Gerais permanece na terceira colocação (com 8,9% do PIB nacional). Em relação a 2013, a única troca de posição entre os 10 maiores estados ocorreu entre o Rio Grande do Sul e o Paraná. Os gaúchos passaram os paranaenses e ocupam a quarta posição, respondendo por 6,2%. Já o Paraná, na quinta posição, responde por 6% da economia nacional.
Em termos de crescimento, no entanto, os maiores avanços ficaram com as pequenas economias regionais. Tocantins teve a maior alta entre 2013 e 2014 (6,2%), seguido pelo Piauí (5,3%), por Alagoas (4,8%), pelo Acre (4,4%) e por Mato Grosso (4,4%). Em sentido oposto, grandes economias tiveram quedas devido ao comportamento da indústria da transformação: São Paulo (-1,4%), Minas Gerais (-0,7%), Rio Grande do Sul (-0,3%) e Paraná (-1,5%) (ABr).