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Economia 24/09/2019

em Economia
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
Petrobras temporario

Ministra vê distorções na ‘associação’ entre agricultura e desmatamento

“A associação internacional entre a produção de alimentos no Brasil e o desmatamento e queimadas na Amazônia são distorções que, nem de longe, correspondem à realidade”, disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para uma plateia de empresários e autoridades locais ao participar de seminário sobre oportunidades de comércio e investimento no Brasil, na Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, em Dubai, nos Emirados Árabes, no domingo (22).

Tereza Cristina participou de seminário na Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, em Dubai. Foto: Mapa/Divulgação

“O problema na Amazônia existe e está sendo tratado com a seriedade que merece, como pude comprovar em recente visita à região”, acrescentou. Tereza Cristina ressaltou que o Brasil desenvolve políticas e mecanismos para proteger o meio ambiente ao mesmo tempo em que busca aumentar a produtividade e qualidade da sua agropecuária. Lembrou que a preservação ambiental é uma preocupação não apenas do governo brasileiro, mas dos próprios produtores rurais.

Ao falar sobre as oportunidades de comércio entre os Brasil e os Emirados, disse que o potencial de comércio e investimentos entre o Brasil e os Emirados Árabes é enorme e precisa ser aprofundado. “Existem oportunidades ao longo de toda a cadeia produtiva do agro: insumos, maquinário, produção, processamento, estocagem, distribuição, transporte, pesquisa, tecnologia e inovação”.

Citou também projetos de infraestrutura que podem receber investimentos externos, como ferrovias e rodovias, além de oportunidades de investimentos em setores produtivos como produtos florestais, lácteos, aquicultura e horticultura. De acordo com o ministério, o comércio entre o Brasil e os Emirados Árabes gira em torno de US$ 2,5 bilhões, sendo que praticamente a metade corresponde a produtos agrícolas. Frango, açúcar e carne bovina respondem por 77% de tudo o que o Brasil exporta para os Emirados.

Mercado espera que inflação de 2019 seja de 3,44%

Turismo temporario

A previsão para a expansão do PIB foi mantida em 0,87% em 2019. Foto: Arquivo/ABr

Agência Brasil

De acordo com pesquisa do Banco Central (BC) ao mercado financeiro, a previsão para a inflação, calculada pelo IPCA, passou de 3,45% para 3,44%, em 2019. Para 2020, foi mantida em 3,80%. A previsão para os anos seguintes também não teve alterações: 3,75%, em 2021, e 3,50%, em 2022. As estimativas para 2019 e o próximo ano estão abaixo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC.

A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Para o mercado financeiro, a Selic deve terminar 2019 em 5% ao ano. A expectativa do mercado é que Selic voltará a ser reduzida em 0,5 ponto percentual em outubro e permanecerá em 5% ao ano na última reunião do ano marcada para dezembro.

O mercado não espera por alteração na Selic em 2020, com a taxa permanecendo em 5% ao ano. Para 2021, a expectativa é que a Selic termine o período em 6,75% ao ano. Na semana passada, a previsão era 7% ao ano. Para o fim de 2022, a expectativa é que a taxa chegue a 7% ao ano.

A previsão para a expansão do PIB – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi mantida em 0,87% em 2019. As estimativas para os anos seguintes também não foram alteradas: 2%, em 2020; e 2,50%, em 2021 e 2022. A previsão para a cotação do dólar ao fim deste ano subiu de R$ 3,90 para R$ 3,95 e, para 2020, foi mantida em R$ 3,90.

Vendas para o Dia das Crianças podem crescer até 4%

O Dia das Crianças deve ter um crescimento de até 4% nas vendas, segundo pesquisa realizada pela Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo. Cerca de 37,5% dos lojistas acreditam em um aumento significativo, quando comparado a outras épocas do ano, como Dia dos Namorados com 2% e Dia das Mães com 3%, segundo outras pesquisas da entidade.

Para os lojistas, a data ocupa o segundo lugar no ranking entre as datas mais importantes do segundo semestre para o varejo e o ticket médio pode variar entre R$ 50,00 a R$ 100,00. “Produtos como bonecas, carrinhos e jogos de tabuleiro devem ser os brinquedos que mais terão destaque em vendas, por serem tradicionais e terem um valor que cabe no bolso do consumidor”, explica o presidente da Federação, Maurício Stainoff.

A pesquisa foi realizada com a participação das principais CDLs do Estado de São Paulo, que enviaram dados locais, como expectativa do crescimento nas vendas, ticket médio, formas de pagamento, produtos de maior venda, estratégias de marketing utilizadas e a classificação da importância da data para o segundo semestre (AI/FCDLESP).

Empresariado supermercadista volta a ficar otimista

Os empresários supermercadistas estão novamente otimistas com os cenários atual e futuro do setor, é o que aponta a pesquisa Confiança dos Supermercados do Estado de São Paulo, da APAS. A expectativa em vendas cresceu 14 pontos percentuais, indo de 36% em agosto para 50% em setembro. Já a expectativa de um PIB melhor no próximo ano fez o nível de otimismo quanto à atividade econômica nacional subir de 7% para 50%. No geral, a confiança cresceu de 35% para 38%.

O impacto da Semana do Brasil e da liberação do FGTS são as principais expectativas para reavivar o PIB também ainda para este ano. Essa posição é fundada no bom momento das medidas do governo, como a MP da Liberdade Econômica, a Reforma da Previdência, prevista para começo de outubro, e os movimentos bem encaminhados da Reforma Tributária.

O percentual de empresários pessimistas com o futuro aumentou de 16% para 23%, o que demonstra ainda haver incertezas no futuro da política econômica brasileira. Em geral, os dados apontam que o pior momento do ano, observados em maio e junho, já passou, quando o pessimismo passou de 30% e o otimismo para menos de 10% no período (AI/APAS).

Thomas Cook abre falência e deixa 600 mil passageiros sem retorno

A histórica operadora de turismo britânica Thomas Cook declarou falência e deixou cerca de 600 mil viajantes prejudicados e impedidos de retornar para casa. A companhia, que tem 178 anos de história, tentou negociar durante todo o fim de semana uma injeção de capital de 200 milhões de libras para evitar sua falência. Sem sucesso, precisou encerrar as atividades, mesmo com 600 mil turistas em trânsito.

Na madrugada de ontem (23), as autoridades do Reino Unido começaram a organizar uma operação sem precedentes para repatriar cerca de 150 mil turistas britânicos que estão espalhados pelo mundo. “Todos os passageiros atualmente no exterior pela Thomas Cook e que tinham reservas para retornar ao Reino Unido nas próximas duas semanas serão transportados para casa em uma data o mais perto possível de suas reservas quanto possível”, afirmou o governo britânico.

Dos 600 mil clientes em trânsito, muitos estão em Cuba, Turquia, Grécia, Tunísia, Espanh, entre outros países. A Thomas Cook tem 22 mil funcionários em todo o mundo, sendo 9 mil deles no Reino Unido. Considerada uma das primeiras empresas a oferecer o pacote all inclusive, a companhia operava voos, reservas, hotéis e serviços de turismo. A empresa tem 105 aviões, 200 hoteis e representações comercias em 16 países (ANSA).