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Economia 24/05/2018

em Economia
quarta-feira, 23 de maio de 2018
Pesquisa temporario

Pesquisa da CNI mostra que 76% das indústrias investiram durante 2017

Pesquisa temporario

Em queda desde 2014, os investimentos da indústria brasileira voltaram a crescer em 2017, e a previsão é que a trajetória positiva continue em 2018

Esse é o resultado de pesquisa divulgada ontem (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, 76% das empresas fizeram algum tipo de investimento durante o ano passado, o maior percentual desde 2015 – dado que confirma o fim da recessão.
Além disso, 81% das grandes indústrias afirmaram que pretendem fazer algum tipo de incremento em 2018 – o maior percentual desde 2014. O resultado poderia ser ainda mais expressivo se o setor industrial tivesse contado com mais crédito bancário. Segundo a pesquisa, 75% dos investimentos feitos no ano passado foram custeados pelo capital próprio das empresas. A participação dos financiamentos de bancos de desenvolvimento caiu para 10% em 2017, o menor desde 2010. Na avaliação da CNI, a falta de financiamento em longo prazo limitou os investimentos.
Na avaliação do gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, o quadro “confirma a retomada gradual da economia”.
Máquinas e equipamentos foram a principal aquisição dos industriais em 2017, seguida da compra de novas tecnologias. A preocupação com a concorrência, voltada sobretudo para o reaquecimento do mercado interno, levou os empresários, segundo a CNI, a privilegiar a inovação de processos e produtos.
Ainda sob reflexo da crise, apenas 22% das empresas investiram no aumento da capacidade de produção. “A capacidade ociosa da indústria ainda é grande”, justificou Castelo Branco. Para 2018, 81% das empresas afirmaram que têm planos de investimento, boa parte deles voltada para novos projetos. A CNI observa que a recente valorização do dólar, e, sobretudo, as incertezas sobre as eleições podem alterar os planos otimistas dos empresários. A pesquisa foi feita com 632 empresas de grande porte, com 250 ou mais empregados, entre os dias 24 de janeiro e 19 de março.

Cautela faz paulistano economizar em maio

Cautela temporario

As incertezas econômicas e políticas decorrentes do ano eleitoral fizeram as famílias paulistanas ficarem cautelosas com o orçamento e voltarem a poupar em maio. Segundo a Pesquisa de Risco e Intenção e Endividamento, elaborada pela FecomercioSP, o Índice de Segurança de Crédito subiu 11,5%, ao passar de 74,5 pontos em abril para 83,1 pontos em maio, variação ainda mais acentuada entre os endividados, cujo indicador avançou 20,6%, passando de 55 para 66,3 pontos no mesmo período.
Entre os não endividados, o Índice de Segurança de Crédito teve crescimento de 4% na comparação mensal e aumento de 7,7% na comparação anual. O aumento do índice geral – somando a segurança de crédito dos endividados e não endividados – também tem relação com a sazonalidade do período, momento em que as contas do começo do ano já foram pagas e quando as famílias já tiveram tempo de equilibrar o orçamento e começar a estruturar sua reserva financeira.
O mesmo conservadorismo também se refletiu no Índice de Intenção de Financiamento, que permaneceu no mesmo patamar de abril, com 39,1 pontos, depois de ter subido 10% entre janeiro e março, atingindo 44 pontos. De acordo a FecomercioSP, apesar dos crescimentos das vendas no varejo, da produção industrial e da geração de postos de trabalho, os avanços na economia estão acontecendo de forma muito tênue, em um ritmo mais fraco do que vinha ocorrendo no fim de 2017.
Assim, a confiança de consumidores e de empresários ainda não reagiu, mas se os números de abril e maio se repetirem e contagiarem a produção, em breve, o cenário econômico dará novos sinais de otimismo, o que não tem ocorrido neste começo de ano (AI/FecomercioSP).

Cresceu o número de novos microempreendimentos individuais

Os microempreendedores individuais estão à frente de 178.430 novos negócios abertos em março de 2018, um avanço de 9,7% em relação a março de 2017, quando o segmento respondeu pelo nascimento de 162.694 empresas, entre as 210.724 criadas no período.
De acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimentos de Empresas, essa participação representou 83% das 215.027 empresas nascidas no Brasil no terceiro mês deste ano e se destaca como a segunda maior já conquistada pelo segmento desde o início da realização do levantamento, em 2010.
Para os economistas da Serasa, o fraco desempenho do mercado de trabalho, com o desemprego ainda bastante elevado, tem estimulado a busca de formas alternativas de geração de renda por parte dos indivíduos, sendo uma delas a abertura de micros e pequenos negócios (Serasa).

Pequenos negócios lideram geração de emprego

O último mês de abril foi positivo para os pequenos negócios, responsáveis por 72% da vagas de empregos criadas no país. A façanha foi repetida pela quarta vez consecutiva este ano. Foram 83,5 mil empregos gerados pelos pequenos negócios contra 31,4 mil empregos nas médias e grandes empresas e 980 empregos criados nas empresas da administração pública, o que totalizou 115,9 mil novos postos de trabalho no país, só em abril de 2018.
O saldo de empregos gerados pelos pequenos negócios em abril deste ano, de 83,5 mil empregos, superou em 52% o saldo registrado por eles no mesmo período do ano passado. “As micro e pequenas empresas são as grandes responsáveis pela geração de emprego e renda neste país. Esses empresários batalhadores fazem a economia girar, mesmo em momento de crise”, enfatiza o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
O setor de serviços foi o que mais gerou empregos em abril, com 48,9 mil, sendo puxado pelas empresas que atuam no ramo imobiliário e no segmento de Transportes e Comunicações. Os pequenos negócios da Construção Civil também se destacaram com a criação de 14,4 mil vagas. O estado de São Paulo liderou tendo sido responsável por 28,7 mil novas vagas. Minas ficou em segundo lugar com 13,7 mil empregos. Com isso, os pequenos negócios da região Sudeste lideraram a geração de empregos no país, criando cinco vezes mais empregos que os da região Sul, segunda a gerar mais empregos no país (AI/Sebrae).