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Economia 21 a 23/09/2019

em Economia
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
Petrobras temporario

Classes C, D e E são principais clientes das fintechs de crédito

Ampliando cada vez mais a oferta de produtos e serviços no Brasil, as fintechs de crédito têm 79% dos seus clientes oriundos das classes C (39%), D (29%) e E (11%), sendo que dois terços deles estão na faixa etária entre 26 e 47 anos. As classes A e B respondem, respectivamente, por 13% e 8% dos solicitantes de crédito. Do total de clientes, 7% não têm acesso ao sistema bancário tradicional.

Entre as pessoas jurídicas, 72% dos atendidos são empresários individuais, micro e pequenas empresas. Foto: Divulgação/Internet

Entre as pessoas jurídicas, 72% dos atendidos são empresários individuais, micro e pequenas empresas. Os dados fazem parte da pesquisa A Nova Fronteira do Crédito no Brasil, a primeira que analisa o segmento no país, feita em parceria entre a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD) e a consultoria PwC Brasil. O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (19), durante o evento Cred-Tech Brasil, em São Paulo.

Levando em conta 43 fintechs de crédito ouvidas entre 10 de junho e 4 de julho, o estudo revela que 65% das empresas se dedicam a empréstimos a pessoas físicas. Em 2018, as fintechs analisadas receberam mais de 6,4 milhões de pedidos de crédito de pessoas físicas – praticamente o dobro do ano anterior – e outros 276.355 de pessoas jurídicas – aumento de 6,5 vezes em relação a 2017. O total de crédito concedido também aumentou no mesmo período: passou de R$ 804 milhões para R$ 1,195 bilhão (AI/ABCD).

Cai a confiança do empresário da indústria eletroeletrônica

Turismo temporario

Presidente da Abinee, Humberto Barbato. Foto: Divulgação

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), do Setor Eletroeletrônico, atingiu 56,7 pontos em setembro, de acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), agregados pela Abinee. O resultado representa uma redução de 0,7 ponto em relação ao mês de agosto. Esta retração interrompe a trajetória de crescimento observada nos últimos três meses.

A queda do ICEI do setor resultou da retração tanto da área elétrica, quanto da eletrônica. No primeiro caso, o índice caiu 0,9 ponto, registrando 57,9 pontos e na área eletrônica, o recuo foi de 0,6 ponto, situando-se em 55,3 pontos em setembro. Mesmo assim, o ICEI do setor continua afastado da linha dos 50 pontos, o que mostra a confiança do empresário neste 2º semestre, porém em patamar inferior ao observado em janeiro de 2019 (65,1 pontos).

O ICEI varia de 0 a 100 pontos, sendo que valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário industrial e abaixo de 50 pontos mostram falta de confiança. O presidente da Abinee, Humberto Barbato, considera que o resultado deverá melhorar de forma significativa a partir da aprovação da nova Lei para Tecnologia da Informação e Comunicação. “Com o avanço das discussões que tramitam no Executivo e no Legislativo observaremos uma intensificação no otimismo”, afirmou (AI/Abinee).

REDUÇÃO DA SELIC FOI DECISÃO ‘ACERTADA’

Agência Brasil

O Copom do BC decidiu na quarta-feira (18) reduzir a taxa básica de juros – a Selic – de 6% para 5,5% ao ano. A decisão atendeu ao que era esperado no mercado financeiro. Com a redução, a Selic chegou ao seu menor patamar histórico. Para a CNI, o Copom tomou uma decisão acertada. Em nota, a entidade disse que foi uma decisão em um “movimento de continuidade à flexibilização monetária”.

Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a expectativa de inflação abaixo do centro da meta em 2019 e em 2020, o ritmo de atividade econômica moderado e a elevada taxa de desemprego corroboraram para a decisão da redução da Selic. A FecomercioSP também avaliou como positivo o corte da taxa Selic. Para a entidade, “a redução da Selic é indispensável para acelerar a retomada do emprego e baixar o custo da dívida, principalmente, para um país com elevado grau de endividamento como o Brasil”, diz a nota.

A Firjan declarou, em nota, que apoiou a redução de 0,5 ponto porcentual da taxa básica de juros da economia. De acordo com a entidade, “a lenta recuperação da economia e o cenário de inflação sob controle abrem espaço para reduções da taxa de juros nas próximas reuniões”. Na nota, a Firjan “destaca a perspectiva de melhora do ambiente fiscal em função da aprovação da reforma da Previdência na Câmara”.

Professor da FGV explica onde investir com corte da Selic

O coordenador do MBA de gestão financeira da FGV, Ricardo Teixeira, dá dicas de onde investir após o corte da taxa Selic. Segundo ele, quem é mais conservador deve continuar apostando no Tesouro Direto e em Letras de Crédito Imobiliário. “Esses investimentos, assim como a Caderneta de Poupança, não têm incidência de Imposto de Renda”, explica.

Para ele, “outra opção são os CDBs de bancos menores, desde que observado o limite do Fundo Garantidor de Crédito”. O especialista sugere a quem tiver um perfil mais arrojado, tentar uma maior rentabilidade em fundos de ações, multimercados e investimentos em moedas mais fortes, como o dólar. Teixeira lembra que, com a Selic em 5,5% e a inflação em 3,5%, os investimentos em renda fixa devem gerar rendimentos de 2% acima da inflação, caso não haja incidência de imposto de renda na aplicação.

“Há possibilidade de procurar aplicações com prazo de carência mais longos que normalmente tem taxas mais atraentes principalmente em bancos menores. Neste caso, deve-se ficar atento para que a aplicação não exceda o limite do Fundo Garantidor de Crédito”. No entanto, Teixeira aconselha que é sempre bom saber que seu dinheiro fica indisponível por um período e, caso haja necessidade, não haverá como sacar.

“Outra opção é procurar corretoras que oferecerem operações estruturadas através da aplicação em papéis de grandes empresas. Nesses casos, o capital fica garantido e a rentabilidade pode ser mais alta, mas também é limitada por um teto e há prazo determinado para a aplicação (sem possibilidade de saque)”, conclui (AI/FGV).

PIB do agronegócio cresce 0,53% no primeiro semestre

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 0,53% no primeiro semestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O resultado foi puxado principalmente pelo segmento de insumos, que teve expansão de 7,26%, seguido pela agroindústria (1,26%) e serviços (0,65%). O setor primário, que representa a atividade dentro da porteira, teve queda de 2,04% em seis meses.

A pecuária foi o destaque dentro do resultado do PIB do agronegócio no acumulado deste ano. O segmento registrou alta de 4,65% nos primeiros seis meses de 2019, impulsionada pelo crescimento dos setores primários (10%), insumos (3,32%), serviços (2,66%) e agroindústria (1,99%). “No caso do elo primário da pecuária, preços altos vêm sendo alcançados em 2019, com elevações importantes principalmente para frango, suínos e leite. Esse cenário explica o crescimento do PIB, mesmo diante de aumento dos custos de produção”, explica o estudo da CNA e do Cepea.

Na cadeia agrícola, houve retração de 0,97% no semestre. No entanto, o segmento de insumos apresentou alta de 9,08%, justificado pelo aumento de preços de fertilizantes e defensivos. A agroindústria subiu 1,09%. Já a atividade primária teve queda de 7,71%, pressionado por menores preços e alta dos custos de produção (Redação Ai/Si).