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Economia 16/08/2019

em Economia
quinta-feira, 15 de agosto de 2019
Petrobras temporario

Taxa de desemprego do país recua para 12% no trimestre

No segundo trimestre, a taxa de desemprego do país recuou para 12%, percentual inferior aos 12,7% do primeiro trimestre e aos 12,4% do segundo trimestre de 2018.

Um em cada quatro desempregados procura trabalho há pelo menos 2 anos. Foto: José Cruz/ABr

A taxa caiu em dez das 27 unidades da Federação, segundo os dados divulgados ontem (15) pelo IBGE. As maiores quedas ocorreram no Acre, de 18% para 13,6%, Amapá, de 20,2% para 16,9%, e em Rondônia, de 8,9% para 6,7%. Nas outras 17 unidades da Federação, a taxa se manteve.

Na comparação com o segundo trimestre de 2018, a taxa subiu em duas unidades, Roraima (de 11,2% para 14,9%) e Distrito Federal (de 12,2% para 13,7%), e caiu em três: Amapá (de 21,3% para 16,9%), Alagoas (de 17,3% para 14,6%) e Minas Gerais (de 10,8% para 9,6%). Nas demais unidades, a taxa ficou estável. Um contingente de 3,35 milhões de desempregados no país procura trabalho há pelo menos dois anos. Isso equivale a 26,2% (ou cerca de uma em cada quatro) pessoas no total de desocupados no Brasil.

Os dados foram divulgados ontem (15) pelo IBGE. Segundo os números, no segundo trimestre de 2018 o contingente de desempregados procurando trabalho há no mínimo dois anos tinha menos 196 mil pessoas, ou seja, era de 3,15 milhões. No segundo trimestre de 2015, o total era de 1,43 milhão de pessoas, ou seja, menos da metade do segundo trimestre deste ano.

“A proporção de pessoas à procura de trabalho em períodos mais curtos está diminuindo, mas tem crescido nos mais longos. Parte delas pode ter conseguido emprego, mas outra aumentou seu tempo de procura para os dois anos”, avalia a analista da PNAD Contínua Adriana Beringuy (ABr).

O impacto da crise argentina no Brasil

Turismo temporario

A crise na Argentina afeta diretamente o Brasil quando se fala sobre as relações comerciais bilaterais. Foto: Divulgação/Gueratto Press

Após a vitória de Alberto Fernández, da chapa da ex-presidente Cristina Kirchner, contra Maurício Macri, a Bolsa Merval registrou queda de 38%, chegando a perder US$ 23,7 bilhões. Para o Brasil, a crise no país vizinho deve abalar as exportações, já que estas reduziram em pelo menos 40% nos primeiros 7 meses de 2019. A mais afetada foi a moeda americana, que recentemente havia registrado uma queda de 1,26%, mas com o ocorrido, superou os R$ 4,00.

A Bolsa brasileira sofreu uma desvalorização de 2%, operando por volta de 101 mil pontos, o que demonstra uma queda considerável, já que desde o 1º semestre tem operado por volta dos 105 mil pontos. Para Pedro Paulo Silveira, Economista-Chefe da Nova Futura, a crise na Argentina afeta diretamente o Brasil quando se fala sobre as relações comerciais entre os dois países.

“Uma crise econômica do nosso vizinho, derruba a demanda por nossas exportações e tem um impacto negativo sob o crescimento brasileiro”, explica, ao destacar que a crise econômica do país deve contaminar o ambiente de negócios caso haja descuido nas agendas internacionais. “Essa crise pode contaminar o ambiente de negócios, se fizer novamente um default de seus compromissos externos”, comenta.

A votação em 1º turno das eleições se dará no dia 27 de outubro. O mercado aguarda pelos resultados, apesar da aprovação de Fernández ser de 47% nas primárias. Para Silveira, a tendência é que a volatilidade siga subindo até as eleições, visto que o cenário atual é de incerteza e deve manter o mercado com o pé atrás (Gueratto Press).

SOLUÇÃO EM HONG KONG ‘ANTES DE ACORDO’ COM A CHINA

Deutsche Welle

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, sugeriu que as negociações comerciais entre seu país e a China podem esperar até que as tensões geradas pelos protestos em Hong Kong se acalmem. “Milhões de empregos estão sendo perdidos na China para outros países não tarifados. Milhares de empresas estão indo embora. É claro que a China quer fazer um acordo. Deixe eles trabalharem humanamente com Hong Kong primeiro”, escreveu o americano no Twitter, após vários alertas de que Pequim estaria movimentando tropas rumo ao território.

Trump elogiou o presidente chinês, Xi Jinping, descrevendo-o como um “grande líder” muito respeitado por seu povo. “Tenho zero dúvidas de que, se o presidente Xi quiser resolver rapidamente e humanamente o problema em Hong Kong, ele pode fazê-lo”, acrescentou, sugerindo um encontro entre ambos.

EUA e China já impuseram mutuamente tarifas de importação que somam 360 bilhões de dólares. Trump, porém, vem adiando o anúncio de novas sobretaxas sobre produtos eletrônicos chineses, o que gera esperanças nos investidores em relação a um possível alívio no conflito comercial.

Mercado reduz previsão para déficit nas contas públicas

Agência Brasil

Instituições financeiras consultadas pelo Ministério da Economia reduziram a previsão para o resultado negativo das contas públicas neste ano. A estimativa do déficit primário do Governo Central passou de
R$ 105,918 bilhões para R$ 103,217 bilhões. A estimativa está abaixo da meta de déficit perseguida pelo governo de R$ 139 bilhões. O resultado primário é formado por receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros.

Os dados constam da pesquisa Prisma Fiscal, elaborada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, com base em informações do mercado financeiro. Para alcançar a meta, o governo já bloqueou R$ 33,4 bilhões do Orçamento deste ano. A desaceleração da economia faz o governo arrecadar menos que o originalmente planejado, levando a contingenciamentos. Para 2020, a estimativa é de um déficit de R$ 70 bilhões, contra R$ 76,153 bilhões previstos em julho. A meta de déficit primário para 2020 é de R$ 124,1 bilhões.

A mudança na projeção para as contas públicas ocorreu porque as instituições preveem menos despesas, de R$ 1,415 trilhão para R$ 1,412 trilhão. A previsão para as receitas líquidas passou de R$ 1,308 trilhão para R$ 1,307 trilhão, neste ano. Para 2020, a previsão de receita líquida do Governo Central é R$ 1,398 trilhão, contra R$ 1,399 trilhão prevista no mês passado. No caso da despesa total, a projeção ficou em R$ 1,473 trilhão, ante R$ 1,478 trilhão, previsto em julho.

Comércio e serviços abriram 9.238 empregos formais em junho

Após fechar mais de 3 mil empregos no mês de maio, o mercado de trabalho dos setores de comércio (varejista e atacadista) e de serviços no Estado de São Paulo mostrou sinais de recuperação. Em junho, 9.238 empregos formais foram criados, resultado de 277.679 admissões contra 268.441 desligamentos. Com esse desempenho, os grupos encerraram o mês com um estoque ativo de 10.114.899 vagas. Enquanto o comércio apresentou estabilidade, o setor de serviços voltou a puxar alta, com abertura de 8.839 vínculos empregatícios.

De acordo com a FecomercioSP, o segmento administrativo e serviços complementares apontou recuperação ao abrir 3.991 novos postos de trabalho em junho – após o fechamento de mais de 5 mil vagas em maio. Além disso, no panorama geral, a maioria das atividades de serviços registrou bom desempenho no mês, exceto educação, o que era previsto em decorrência da sazonalidade já conhecida pelo fiml do primeiro semestre letivo.

As empresas com até quatro funcionários se destacaram na abertura de vagas no primeiro semestre: foram quase 104 mil empregos criados por elas, ao passo que as que possuem mais de 5 colaboradores perderam em torno de 22,5 mil vagas no período. Apuradas mensalmente pela FecomercioSP, os dados compõem as pesquisas de emprego no comércio varejista, atacadista e setor de serviços no Estado de São Paulo (AI/FecomercioSP).