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Economia 05/07/2017

em Economia
terça-feira, 04 de julho de 2017
A crise política é fator sempre relevante para justificar o pessimismo com o futuro da economia.

Caiu a confiança dos micro e pequenos empresários em junho

A crise política é fator sempre relevante para justificar o pessimismo com o futuro da economia.

O Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário registrou 46,9 pontos em junho, segundo dados apurados pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

Na comparação com maio, houve um recuo de 2,9 pontos ou, em termos percentuais, uma queda de 5,8%. Na variação anual, porém, supera os 42,9 pontos de junho do ano passado. Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o fato de a queda coincidir com a abertura de um novo capítulo da crise política é algo que merece atenção.
“A crise política é fator sempre relevante para justificar o pessimismo com o futuro da economia. Havendo o aprofundamento do impasse político e, por consequência, o adiamento das reformas estruturais, corre-se o risco de a confiança voltar ao patamar do auge da crise, adiando ainda mais a recuperação econômica”, analisa. A sondagem mostra que, para 67% dos micro e pequenos empresários de varejo e serviços, a economia piorou, enquanto só 10% consideram ter havido melhora. Com os negócios, uma proporção menor julga ter havido piora (53%), mas ainda assim os empresários que têm essa percepção compõem a maioria.
O Indicador de Expectativas, que serve de termômetro para avaliar o que o empresário aguarda para o futuro, também apresentou variação negativa na comparação mensal: 58,0 pontos em junho, ante 61,3 pontos em maio. Quatro em cada dez (41%) micro e pequenos empresários estão confiantes com o futuro da economia brasileira. Quando essa análise detém apenas a realidade da sua empresa, o índice é maior e chega a 53%. O percentual de pessimistas com a economia e com os negócios é de 24% e de 14%, respectivamente.
A maior parte acredita que o faturamento das suas empresas deve se manter estável nos próximos seis meses (45%) – 40% acreditam que deve aumentar e apenas 8% acreditam que suas receitas cairão. Entre os que esperam crescimento, 32% não sabem apontar a razão do otimismo, enquanto 20% creditam a melhora à busca de novas estratégias de vendas e 16% afirmam ter melhorado a gestão da empresa (SPC/CNDL).

Produção industrial fecha maio com crescimento de 0,8%

Esta é a segunda taxa positiva consecutiva registrada pela indústria brasileira, que em abril subiu 1,1%.

A Produção industrial brasileira fechou o mês de maio com crescimento de 0,8% frente a abril, na série livre de influências sazonais. Esta é a segunda taxa positiva consecutiva registrada pela indústria brasileira, que em abril subiu 1,1%. Os dados foram divulgados ontem (4), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dizem respeito à Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil (PIM-PF).
Com o resultado de maio, a indústria passou a acumular nos dois últimos meses expansão de 1,9%, eliminando a queda de 1,6% observado em março. Quando os dados de maio são confrontados com o mesmo mês do ano passado (série sem ajuste sazonal), no entanto, a indústria brasileira registrou em maio último avanço de 4%, o maior crescimento acumulado para o total da indústria deste os 4,8% registrados em fevereiro de 2014.
A taxa acumulada dos primeiros cinco meses do ano ficou em 0,5%. No resultado acumulado dos últimos 12 meses (a taxa anualizada) o comportamento da indústria continua negativo: queda de 2,4% , prosseguindo com a redução no ritmo de queda iniciada com os -9,7% de junho de 2016 (ABr).

Exclusão o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins

Em março, o Plenário do STF decidiu pela exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins. Ocorre que a Procuradoria da Fazenda, no próprio julgamento, requereu oralmente a modulação para que a decisão seja válida apenas a partir de 2018. A presidente do Supremo indeferiu o pedido e disse que o mesmo somente poderia ser feito no recurso chamado “Embargos de Declaração”.
Porém, os embargos somente podem ser apresentados após a publicação da decisão (acórdão), o que ainda não ocorreu. De acordo com Alexandre Motonaga, coordenador do curso de Gerenciamento e tributação nas empresas do PEC FGV, dificilmente o STF irá acatar o pedido para que a decisão seja válida apenas a partir de 2018, pois, historicamente, em outros pedidos de modulação, o Supremo tem decidido que somente as empresas que entraram com ação – até a data da decisão – poderão pleitear a devolução dos últimos 5 anos.
“Dessa forma, as empresas que ainda não entraram com a ação para excluir o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins têm um período para ajuizar a respectiva demanda judicial, a fim de pagar um valor menor e recuperar o que foi pago a maior nos últimos 5 anos”, alerta Motonaga (FGV).

Inflação medida pela Fipe fecha junho com índice de 0,05%

O IPC, medido pela Fipe na cidade de São Paulo, encerrou o mês de junho em ligeira elevação, de 0,05%, depois de ter atingido um recuo de 0,05% em maio. No acumulado do ano, a taxa alcançou 0,99% e, nos últimos 12 meses, 2,47%.
Dos sete grupos pesquisados, o de habitação foi o que mais contribuiu para a reversão da queda do IPC, ao passar de uma taxa negativa de 0,36% (em maio) para uma alta de 0,88%. Também ganharam força os preços observados nos grupos despesas pessoais (de 0,12% para 0,25%) e educação (de 0,09% para 0,14%).
Em compensação, o grupo alimentação, que mais compromete o orçamento doméstico, apresentou redução de 0,83% ante uma queda de 0,21%. Foram registradas ainda quedas em transportes (de 0,31% para -0,33%) e vestuário (de 0,12% para -0,16%). Em saúde, houve decréscimo, com o índice passando de 0,72% para 0,04%. A pesquisa da Fipe refere-se à variação de preços de bens e serviços consumidos pelas famílias com renda entre um e dez salários mínimos (ABr).