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Economia 03 a 05/10/2015

em Economia
sexta-feira, 02 de outubro de 2015

Alta do dólar beneficia atividades voltadas ao setor externo

Alta abre

A desvalorização do real ante o dólar continua a beneficiar a produção de setores mais voltados ao mercado externo, afirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE

Só que esse aumento não é suficiente para salvar a indústria de novos resultados negativos Por isso, a atividade caiu 1,2% em agosto ante julho e, em 12 meses, desacelerou a -5,7%, o pior resultado desde dezembro de 2009 (-7,1%).
“É claro que observamos, naquelas atividades mais voltadas para mercado externo, alguma melhora. Mas ainda é insuficiente para reverter trajetória descendente da produção, que está bem marcada”, afirmou Macedo. O setor de celulose e papel é o principal exemplo. Em agosto, esse setor teve alta de 1,0% na atividade ante igual período de 2014. Na análise por quadrimestres, a melhora é ainda mais evidente. Nos primeiros quatro meses de 2015, o grupo celulose, dentro de bens intermediários, avançou 0,5% ante igual período do ano passado. Já entre maio e agosto, a alta foi de 11,6% na mesma base de comparação.
Outros produtos também têm mostrado melhora em termos de exportação, pontuou Macedo, entre eles madeira, aviões e produtos siderúrgicos. “Ainda assim, os desempenhos são insuficientes para reverter a trajetória tanto da produção como um todo quanto das atividades em que estão inseridos”, afirmou (AE).

Fipe indica alta da inflação em São Paulo

inflacao temporario

Depois de baixar de 0,85% para 0,56%, na virada de julho para agosto, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na cidade de São Paulo, alcançou 0,66%, no fechamento de setembro. Desde janeiro deste ano, a inflação medida pela Fipe acumula aumento de 8,06% e, desde setembro do ano passado, 9,76%.

A maior pressão inflacionária continua sendo registrada no grupo habitação, com alta de 1,38%. Essa taxa, no entanto, indica redução na intensidade de aumento já que, em agosto, essa despesa teve alta de 1,51%. Desde setembro do ano passado, habitação acumula elevação de 12,19%. Cinco dos sete grupos pesquisados indicaram avanços, entre eles alimentação.
Na média, os alimentos ficaram 0,04% mais baratos. Em agosto, os preços recuaram de forma mais expressiva: 0,52%. Em despesas pessoais, o índice subiu de 0,95% para 0,99%; em vestuário, de 0,26% para 0,52%; em educação, de 0,11% para 0,29%; e, em transportes, de 0,05% para 0,14%. Já em saúde, o IPC caiu de 1,1% para 0,78% (ABr).

Produção industrial caiu 1,2% em agosto

A produção industrial brasileira caiu 1,2% em agosto, em comparação a julho, terceiro resultado negativo consecutivo. O parque fabril do país fechou os primeiros oito meses do ano com queda acumulada de 6,9%. A taxa anualizada (últimos doze meses) teve queda de 5,7%. Os dados foram divulgados pelo IBGE. A queda da produção industrial reflete retração em 14 dos 24 ramos investigados e em três das quatros categorias econômicas.
Entre os setores, a principal influência negativa foi registrada por veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 9,4%. Também houve influência significativa no resultado a queda das atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,6%), produtos de metal (-3%), metalurgia (-1,3%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-3,6%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,5%).
Já entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, as reduções mais acentuadas foram registradas em bens de capital, com recuo de 7,6%; e bens de consumo duráveis, com queda de 4%. No primeiro caso, a principal influencia veio da menor produção de caminhões; e, no segundo caso, de automóveis e eletrodomésticos, ainda afetadas pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas (ABr).