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Economia 03/08/2017

em Economia
quarta-feira, 02 de agosto de 2017
Apesar da leve alta, a confiança do micro e pequeno empresário segue em baixo patamar.

Confiança da micro e pequena empresa cresceu em julho

Apesar da leve alta, a confiança do micro e pequeno empresário segue em baixo patamar.

Indicador que avalia as condições atuais apresentou uma leve melhora. No total, 55% dos micro e pequenos empresários acreditam que seus negócios vão apresentar desempenho positivo nos próximos seis meses

O Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa atingiu 49,0 pontos no último mês de julho, o que representa uma alta de 2,1 pontos percentuais na passagem de junho para julho deste ano, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Já na comparação com julho do ano passado, a alta é de 4,3 pontos percentuais – naquele mês o índice estava em 44,7 pontos. Apesar da leve alta observada no período, a confiança do micro e pequeno empresário dos ramos do comércio e serviços segue em baixo patamar. O indicador varia de zero a 100, sendo que, acima de 50 pontos, reflete confiança desses empresários e, abaixo dos 50 pontos, reflete desconfiança com os negócios e com a economia.
Na avaliação do presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a oscilação positiva da confiança mostra que a tímida melhora do cenário econômico, com a queda da inflação e das taxas de juros, pode em alguma medida criar boas expectativas no empresariado. “Medidas como a liberação de recursos do FGTS, que serviram de estimulo ao consumo e à recuperação de crédito nesse primeiro semestre injetaram um pouco de ânimo aos agentes econômicos e impediram, por ora, que as incertezas políticas tivessem impacto maior na confiança”.
Em termos percentuais, seis em cada dez (59%) empresários sondados consideram que o estado da economia brasileira piorou nos últimos seis meses. Esse número, embora elevado, vem caindo desde os primeiros meses da sondagem em 2015, quando chegou perto da cifra de 90%. Já a proporção dos que notaram melhora da economia foi de 14%. Quando restrita somente ao desempenho de seus próprios negócios, 44% disseram ter notado piora, enquanto 19% relatam ter notado alguns sinais de melhora (CNDL).

Permutas ajudam a movimentar vendas de imóveis usados

Os proprietários aceitam receber um imóvel menor como parte do pagamento.

Com a ajuda de permutas, as vendas de imóveis usados na cidade de São Paulo registraram crescimento de 12% no primeiro semestre deste ano, na comparação com igual período de 2016. É o que aponta balanço da Lello, administradora e imobiliária paulistana. Com a permuta, os proprietários aceitam receber um imóvel menor como parte do pagamento daqueles que estão vendendo. Dessa forma, os compradores não precisam desembolsar todo o valor solicitado pelos vendedores.
A maior flexibilidade dos proprietários em negociar também se reflete nos preços. O valor médio por imóvel vendido no primeiro semestre de 2017 foi de R$ 650 mil, ante R$ 750 mil nos seis meses iniciais do ano passado. “Para quem deseja adquirir um imóvel, o momento é agora, pois são muitas as ofertas e os proprietários, mais do que nunca, estão bem flexíveis na negociação”, afirma Igor Freire, diretor de Vendas da Lello Imóveis. Ainda há interessados em comprar imóveis esperando que os preços caiam. “Mas na nossa avaliação os valores já estão estabilizados”, diz.
Do total de imóveis vendidos no primeiro semestre, 73% foram apartamentos e 27%, casas. O tempo médio em que uma unidade residencial leva para ser vendida a partir de sua disponibilização no mercado é de cinco a nove meses.
“Apesar das incertezas quanto ao cenário político e econômico para o país, apostamos em um cenário favorável para o mercado imobiliário neste segundo semestre”, conclui Igor (Lello).

São Paulo tem deflação de 0,01%

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) na cidade de São Paulo, fechou julho com deflação de 0,01% ante uma alta de 0,05% em junho. Em maio, a taxa havia recuado 0,05%. No acumulado do ano, o IPC apresenta elevação de 0,98% e, nos últimos 12 meses, de 2,10%. Essa ligeira queda é reflexo da diminuição dos preços nos grupos habitação (de 0,88% para -0,20%) e alimentação (de -0,83% para -0,26%).
Este último, no entanto, mostra que a redução perdeu força. O resultado do IPC também foi influenciado pela queda no ritmo de alta do item despesas pessoais que passou de 0,25% para 0,03%. Já em transportes, houve uma reversão da baixa de 0,33% para uma alta de 0,17%. Além disso, em saúde, o índice saltou de 0,04% para 1,18%.
No grupo vestuário, ocorreu um leve aumento de 0,01%, mas sobre uma variação negativa de 0,16% em junho. Foi constatada ainda elevação de 0,34% em educação ante uma alta de 0,14%. A pesquisa da Fipe abrange a variação de preços de bens e serviços consumidos pelas famílias com renda entre um e dez salários mínimos (ABr).

Com alta em julho, varejo tem melhor desempenho do ano

As vendas do varejo paulistano encerraram julho com a maior alta mensal de 2017, registrando crescimento médio de 3,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). As médias mensais deste ano foram: janeiro (-5%), fevereiro (-6,6%), março (-0,3%), abril (-7,5%), maio (0,9%) e junho (1,2%), seguindo a mesma base de comparação.
“Em julho, o comércio paulistano foi impulsionado pela procura por roupas e itens de inverno e pelo período de férias escolares, que movimentou os ramos de alimentação, entretenimento e lazer na cidade”, analisa Alencar Burti, presidente da ACSP. Segundo ele, a base fraca do ano passado e os saques do FGTS contribuíram para o resultado.
As vendas à vista subiram 1,5% sobre julho de 2016 “em função das liquidações, que começaram já na segunda quinzena do mês”, explica o presidente da ACSP. Na modalidade a prazo, foi registrada alta de 4,6% na mesma base de comparação, refletindo o aumento das vendas de bens duráveis, eletroportáteis e TVs (devido ao fim do sistema analógico – (ACSP).