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Economia 03/03/2017

em Economia
quinta-feira, 02 de março de 2017
Em relação aos alimentos, os produtos que mais contribuíram foram as frutas (de 0,41% para -0,63%).

Inflação medida pelo IPC-S desacelera em fevereiro

Em relação aos alimentos, os produtos que mais contribuíram foram as frutas (de 0,41% para -0,63%).

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou fevereiro com variação de 0,31%, taxa 0,09 ponto percentual inferior à registrada na última apuração

Fevereiro começou com alta de 0,61%, caiu para 0,49% na segunda prévia e continuou em queda. No ano, a taxa acumula alta de 1,01% e, nos últimos 12 meses, de 4,57%. A pesquisa é feita pelo Ibre da FGV em sete capitais: Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.
No conjunto das sete capitais, seis dos oito grupos apurados tiveram decréscimo e a maior influência sobre o resultado do IPC-S foi constatada no grupo educação, leitura e recreação, que passou de 1,81% para 0,68%.
Os cinco grupos restantes com queda ou redução no ritmo de correção dos preços foram: alimentação (de -0,13% para -0,16%), transportes (de 0,65% para 0,61%), vestuário (de 0,02% para -0,18%), comunicação (de 0,26% para 0,09%) e despesas diversas (0,35% para 0,31%).
Em relação aos alimentos, os produtos que mais contribuíram foram as frutas (de 0,41% para -0,63%). Em transportes, diminuiu o ritmo de alta da tarifa de ônibus urbano (de 1,78% para 0,84%). Em vestuário, os preços das roupas tiveram queda mais expressiva do que na terceira prévia (de -0,05% para -0,26%). No grupo comunicação, houve reflexo da tarifa de telefone móvel (de 0,51% para 0,16%), e em despesas diversas, perda na intensidade de alta dos gastos com cartório (de 2,85% para 0,85%).
Os dois grupos com avanços foram: habitação (de 0,43% para 0,51%) por causa, principalmente, da elevação de preços dos imóveis residenciais (de -0,40% para 0,41%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,44% para 0,51%). Neste último grupo, a alta foi provocada pelos artigos de higiene e cuidado pessoal, que ficaram 0,12% mais caros depois de um recuo de 0,13%, na pesquisa passada.
Os itens que mais pressionaram a inflação no período foram: plano e seguro de saúde (1,01%); empregada doméstica mensalista (1,76%); taxa de água e esgoto residencial (1,94%); tarifa de ônibus urbano (0,84%) e laranja-pera (12,40%). Os produtos que mais contribuíram para a queda no ritmo de inflação foram: feijão-carioca (15,6%); banana-nanica (-13,6%); alcatra (-5,38%): banana-prata (-4,80%) e refrigerantes e água mineral (-1,65%) (ABr).

Tomada de crédito em 2016 ficou mais difícil para a indústria

Custo alto, exigências e prazo curto, impediram expansão do crédito.

As condições ofertadas em 2016 à indústria de transformação para a tomada de crédito foram piores do que as do ano anterior, segundo pesquisa elaborada pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp. A pesquisa, que ouviu 430 companhias, constatou que 53,5% contratou, renovou ou tentou contratar ou renovar alguma linha de crédito durante o ano, sendo que, desse montante, 11,7% não teve crédito aprovado em nenhuma das linhas buscadas, e das que tiveram crédito aprovado, 25,4% conseguiram menos de 60% do valor pretendido.
Já as companhias que buscaram crédito, mas que decidiram pela não contratação, afirmam ter encontrado custo alto (77,8%); exigências elevadas para garantias (72,2%) e prazo muito curto para a quitação do contrato (22,2%). Entre as empresas que tiveram o crédito recusado ou aprovado parcialmente, os motivos elencados foram garantia insuficiente (33,6%), elevado endividamento da empresa (25%), dívidas em atraso (19%) e restrição cadastral (19%).
Já das companhias que não buscaram crédito, 16,4% afirmaram que não foram atrás por estarem muito endividadas ou com dívidas em atraso e 12,7% porque já esperavam que o custo seria muito alto. A linha mais pretendida foi a de crédito para capital de giro – almejada por 71,3% da indústria, quitação de dívida (40,9%), investimento (14,8%), exportações (7,4%) e outros (2,2%). As empresas que participaram da pesquisa podiam indicar mais de uma linha de crédito, portanto, os percentuais somam mais de 100%.
Das empresas que participaram da entrevista, 22,1% têm faturamento anual de até R$ 3,6 milhões, 29,6% acima de R$ 3,6 milhões, 29,3% acima de 16 milhões até 90 milhões, 10,9% acima de R$ 90 milhões até R$ 300 milhões, 5,1% acima de R$ 300 milhões, com 3% não respondendo essa questão. As companhias que mais buscaram crédito foram as de faturamento entre R$ 16 milhões e R$ 90 milhões, representando 62,7% delas (AJI/Fiesp).

Otimismo domina indústria de materiais de construção
 

O cenário econômico dá sinais positivos, ao menos para o setor das indústrias de materiais de construção. Para o empresariado, o fechamento das vendas de materiais de construção em março deve ter bom desempenho, segundo Termômetro da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção (Abramat), que representa cerca de 70% das indústrias de materiais de construção do país.
A margem de vendas ao mercado externo, para março, é de 43,8% (bom), crescimento de 6,5% em relação à expectativa em fevereiro (37,5% – bom). Já para 43,8% dos empresários as perspectivas é de regularidade, mesmo nível de fevereiro. Para o mercado interno, a indústria de materiais de construção também está otimista. Ao todo, 34,6% consideram o desempenho bom para o terceiro mês do ano. Vale ressaltar que a perspectiva para fevereiro era de 23,1% (bom).
“Outro ponto importante é que 35% das empresas estão otimistas sobre as ações do governo federal para o setor da construção civil nos próximos 12 meses. Porém é importante lembrar que a estabilidade depende, principalmente de fatores como geração de emprego, corte na taxa de juros e aceleração no programa de infraestrutura”, destaca o presidente da Abramat, Walter Cover (Abramat).

Setor eletroeletrônico espera crescimentro em 2017

Uma sondagem feita com associados da Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee) em janeiro indicou que a maioria das empresas projeta crescimento de suas atividades para 2017. De acordo com a pesquisa, 65% das consultadas esperam aumento dos negócios este ano, enquanto 26% projetam estabilidade e 9%, queda, em relação a 2016. Para mais da metade das entrevistadas, esse crescimento vai começar já no primeiro semestre de 2017 (52%).
“O resultado da sondagem indica que o otimismo das empresas, depois de um ano desastroso, voltou a ganhar fôlego”, afirmou o presidente da Abinee, Humberto Barbato. “Trata-se, entretanto, de um otimismo cauteloso, pois precisamos aguardar os próximos meses para que, com a consolidação de um cenário econômico positivo, essas expectativas se concretizem”, observou. Motivadas pela expectativa de crescimento das vendas, cerca de um terço das empresas (30%) tem intenção de ampliar seu quadro de funcionários. Deste total, 23% das consultadas devem realizar o aumento já no 1º trimestre; 64%, no 2º trimestre e 13%, no 2º semestre de 2017 (Abinee).