Déficit em contas públicas é o maior já registrado em setembroO setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, registrou déficit primário, receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros, de R$ 26,643 bilhões, em setembro, informou ontem (31) o Banco Central Esse foi o pior resultado para o mês na série histórica, iniciada em dezembro de 2001. O resultado do mês superou o déficit primário de R$ 7,318 bilhões de setembro de 2015. Nos nove meses do ano, o resultado negativo chegou a R$ 85,501 bilhões, contra déficit de R$ 8,423 bilhão, em igual período de 2015. Em 12 meses, encerrados em agosto, o déficit primário ficou em R$ 188,327 bilhões, o que corresponde a 3,08% do PIB. Em setembro, o Governo Central registrou déficit primário de R$ 26,499 bilhões. Os governos estaduais também apresentaram resultado negativo, com déficit primário de R$ 157 milhões, e os municipais, déficit de R$ 141 milhões. A dívida líquida do setor público – balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais – somou R$ 2,699 trilhões em setembro, o que corresponde a 44,1% do PIB, contra 43,3% em agosto. A dívida bruta (contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 4,329 trilhões ou 70,7% do PIB, com elevação de 0,6 ponto percentual em relação a agosto (ABr). |
Mercado espera que inflação feche o ano em 6,88%Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam por inflação menor neste ano. De acordo com a pesquisa Focus, a projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu pela sétima vez seguida, ao passar de 6,89% para 6,88%. Para 2017, a estimativa segue em 5%. As projeções ultrapassam o centro da meta que é 4,5%. O teto da meta é 6,5%, este ano, e 6% em 2017. A projeção de instituições financeiras para a queda da economia (PIB) este ano passou pela quarta piora seguida, ao ser ajustada de 3,22% para 3,30%. Para 2017, a expectativa de crescimento foi reduzida de 1,23% para 1,21%. Com a expectativa de retração da economia e inflação menor, as instituições financeiras esperam que a taxa básica de juros, a Selic, encerre 2017 em 13,50% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14% ao ano. Para as instituições financeiras, o BC dará continuidade ao ciclo de redução da Selic no próximo ano. A expectativa é que a taxa básica termine 2017 em 10,75% ao ano. A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia (ABr). | |