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Mercado de telecom deve crescer neste ano

em Destaques
terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Um dos principais setores da economia nacional, o de telecomunicações, deve avançar de forma significativa neste ano. A perspectiva positiva se baseia no desejo declarado pelo novo governo em priorizar investimentos em áreas estratégicas que, segundo eles, são importantes e fundamentais, como é o caso da educação.

Com isso, a tendência é que o mercado de telecom seja impactado com uma onda de investimentos em tecnologia e infraestrutura de rede. “A área educacional exige uma série de investimentos, como em softwares e infraestrutura de redes para o desenvolvimento de pesquisas.

E isso deve induzir a um ótimo cenário para as empresas que hoje trabalham no setor de tecnologia da informação e de telecomunicações, por exemplo”, analisa a CEO da Fibracem, indústria brasileira especializada no setor de comunicação óptica, Carina Bitencourt.

Outro mercado que provavelmente deve contribuir para o retorno de investimentos para o setor de telecom é o da construção civil. “Ao favorecer incentivos a estas áreas o segmento de telecomunicações acaba se beneficiando, por conta do possível crescimento da demanda de internet, banda larga, melhorias em cabeamentos ópticos e, inclusive, revisões de data centers”, comenta.

. Ganhos do telecom com o 5G – Outro fator que deve ajudar o setor da indústria de telecom a avançar positivamente é a chegada rápida do 5G dentro das grandes empresas. A tendência é que as companhias se tornem uma espécie de ‘corporações 4.0’, passando a investir em equipamentos e maquinários cada vez mais inteligentes, sofisticados e tecnológicos.

“Equipamentos com essa natureza demandam mais fibra óptica, processamento de dados e troca de informações com softwares, o que no conjunto da ópera, o resultado são informações mais precisas para o melhor desenvolvimento do negócio”, ressalta.

. Real industrialização é um dos desafios – Um dos principais desafios que o setor deve encarar em 2023 é tornar o Brasil um país industrial de verdade. Para Carina, os últimos anos convivendo com a pandemia colocou em evidência a preocupação em ser totalmente dependente de um único polo industrial internacional, o que segundo ela pode ser um erro crítico.

E isso não quer dizer que as grandes corporações internacionais voltem a se instalar no Brasil só com a linha de montagem, deixando toda tecnologia e o processo de pesquisa e desenvolvimento no país sede.

É necessário incentivar essas companhias a ter todos esses setores localmente, para que elas sejam consideradas indústrias de fato, além de claro, investir em maquinários, em segurança e qualificação de colaboradores. Tudo isso vai contribuir para que o Brasil se torne cada vez mais um polo industrial

. – Movimentos de mercado de ISPs que ainda devem permanecer – Alguns movimentos de mercado como fusões e adesões às redes neutras ainda devem se manter firmes em 2023.

O modelo de economia compartilhada [redes neutras], por exemplo, já vem sendo vista como uma alternativa valiosa para o progresso da comunicação óptica e, consequentemente, para a evolução da distribuição de internet no Brasil.

“Esse é um negócio interessante, pois abrem portas para pequenos e médios provedores, que possuem total conhecimento deste mercado, estão apostando nestes projetos de redes neutras, pois elas possibilitam inúmeros benefícios.

Isso tanto para o dono da rede, que ganha em escala quanto para um provedor de internet ou até mesmo uma operadora, que tem a oportunidade de atender a uma nova carteira de clientes em regiões onde o mesmo não possui infraestrutura de rede própria”, finaliza Carina. – Fonte e mais informações: (https://www.fibracem.com/).