O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou ontem (23) que o encontro de quarta-feira (22) à noite entre o presidente Michel Temer, os deputados da base e alguns economistas, vai ajudar a convencer os parlamentares a aprovar a reforma da Previdência.
Segundo Maia, o novo texto está mais bem explicado, porque prova que a reforma não vai retirar direitos. Reafirmou que o objetivo da reforma proposta é corrigir a distorção existente entre o setor público e privado.
“A comunicação no primeiro semestre ficou muito confusa, e gerou nas pessoas uma expectativa de que vinha para tirar direitos. A reforma vem para desmontar uma distorção na qual os que ganham menos financiam os que ganham mais. Se conseguirmos resolver isso, vamos conseguir uma economia muito grande”, disse Maia.
De acordo com o presidente da Câmara, a versão apresentada é um pouco mais simples do que a aprovada em maio em uma comissão especial. Ela reduz o tempo de contribuição na iniciativa privada, mas mantém as regras de transição e as idades mínimas de aposentadoria no futuro. O texto exclui os artigos relativos ao trabalhador rural e à concessão do benefício assistencial aos idosos e às pessoas com deficiência (BPC). Para o serviço público, não há mudanças em relação ao parecer da comissão especial.
Maia reconheceu que o prazo para votação é curto, mas ressaltou que a reforma é urgente. “O que a gente faz? Deixa o Brasil entrar em 2018 e projeta para 2019 uma crise fiscal enorme que pode tirar investimentos e desmontar toda recuperação econômica dos últimos 12 meses?”, questionou (ABr).