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Economia 26/07/2017

em Economia
terça-feira, 25 de julho de 2017
Procura por passagens aéreas domésticas aumentou 1,96%, mas oferta de voos recuou 0,68%.

Cresceu em junho a procura por passagem aérea doméstica

Procura por passagens aéreas domésticas aumentou 1,96%, mas oferta de voos recuou 0,68%.

A procura por passagens aéreas domésticas cresceu 1,96% em junho na relação com o mesmo mês de 2016, informou ontem (25) a Associação Brasileiras das Empresas Aéreas (Abear)

A oferta de voos pelas companhias aéreas, no entanto, recuou 0,68% na mesma base de comparação. Maurício Emboaba, consultor técnico da Abear, disse que a alta na demanda não significa expansão do setor, já que junho de 2016, mês usado na comparação, teve demanda reprimida por ter sido o auge da crise política no país.
Para ele, a leve alta se deve mais ao ajuste de oferta. Os dados levam em conta os serviços prestados pelas companhias Avianca (que respondeu por 13,49% do mercado), Azul (18,28%), Gol (35,39%) e Latam (32,85%). A taxa de ocupação nos voos foi de 80,24%, alta de 2,08 pontos percentuais, o que a Abear considera desempenho saudável para as companhias. As empresas brasileiras tiveram crescimento de 15,10% na demanda do mercado internacional e a oferta nesse segmento aumentou 12,32%.
A movimentação de cargas domésticas cresceu 8,34% em junho, somando 28,3 mil toneladas. Nas rotas internacionais, o movimento foi de 20,6 mil toneladas, crescimento de 57,96%. Para Emboaba, esse aumento expressivo indica o amadurecimento do crescimento da oferta no mercado internacional de cargas.
A cobrança para despachar bagagens e o oferecimento de tarifas com desconto para quem não utiliza o serviço passaram a valer em junho.
Eduardo Sanovics, presidente da Abear, disse que a mudança surpreendeu positivamente o setor porque 65% dos bilhetes vendidos desde então são de tarifas, em média, 30% mais baratas, voltadas aos passageiros que viajam sem bagagem. Para ele, embora a associação ainda não tenha dados consolidados sobre a curva de preços das passagens aéreas, os primeiros levantamentos das companhias apontam queda de preços praticados (ABr).

Selic pode cair para 9,25%

Banco Central vai analisar o mercado e a conjuntura econômica para decidir sobre a taxa Selic.

O Copom iniciou ontem (25), em Brasília, a quinta reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. Instituições financeiras, consultadas pelo BC, esperam que a Selic seja reduzida em 1 ponto percentual (pp) caindo para 9,25% ao ano. Ontem, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, e diretores do banco analisaram o mercado. Hoje (26), à tarde, no segundo dia de reunião, após estudo da perspectiva para a inflação e das alternativas para a Selic, a diretoria do BC define a taxa.
Para o mercado financeiro, a Selic continuará a ser reduzida em 2017, encerrando o período em 8% ao ano. Ela vem sendo diminuída desde outubro do ano passado, quando passou de 14,25% para 14% ao ano. Em novembro, houve mais um corte de 0,25 pp, seguido por reduções de 0,75 pp em janeiro e em fevereiro. O Copom acelerou o ritmo de cortes para 1 pp nas reuniões de abril e maio. Atualmente, a taxa está em 10,25% ao ano.
Com o aumento dos tributos sobre combustíveis, o mercado financeiro aumentou levemente a projeção para a inflação, após sete reduções seguidas. Entretanto, a projeção para o IPCA continua abaixo do centro da meta a ser perseguida pelo BC, que é 4,5%. Para o mercado financeiro, a inflação vai encerrar 2017 em 3,33%.
A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e consequentemente a inflação. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação (ABr).

BNDES abre editais para privatização de companhias de gás

O BNDES publicou as primeiras licitações para contratação de consultorias para a desestatização das companhias de distribuição de gás natural de Mato Grosso do Sul (MSGás) e de Pernambuco (Copergás). Os editais fazem parte do apoio do banco ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal,
As licitações envolvem serviços de avaliação econômico-financeira, estudos técnicos relativos ao modelo regulatório do setor e modelagem do processo de desestatização, que envolvem mais de R$ 30 milhões. As licitações ocorrerão nos dias 10 e 11 de agosto.
Até o momento, sete estados manifestaram ao BNDES interesse em privatizar suas empresas de distribuição de gás natural: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba.
Na maior parte dos estados, o serviço de distribuição de gás natural canalizado ainda é realizado por estatais (ABr).

Grécia volta ao mercado financeiro

Após três anos fora do mercado financeiro, a Grécia colocou ontem (25) um total de 3 bilhões de euros em títulos de cinco anos, a uma taxa de juros de 4,625%.
Segundo informou o governo, a demanda deste bônus com vencimento em 2022 foi de 6,5 bilhões de euros, mais que o dobro do objetivo, e mais de 200 investidores demonstraram interesse em adquirir os títulos.
Em um comunicado, o governo de Alexis Tsipras afirmou que o sucesso desta volta ao mercado “confirma o bom comportamento da economia grega, que está fazendo um progresso constante para a saída definitiva da crise e dos programas de resgate”. Segundo o comunicado, o interesse de mais de 200 investidores pelo bônus “constitui um voto de confiança da comunidade investidora internacional no progresso da economia grega”.
O leilão foi dirigido especificamente para resgatar um bônus emitido também em 2014 pelo então governo do conservador Andonis Samaras, cujo rendimento era de 4,95%. O valor nominal dos bônus que venciam em 2019 era de 4,03 bilhões de euros, de modo que a demanda superou amplamente este volume.
O governo tinha colocado como meta alcançar um rendimento que estivesse abaixo dos 4,95% e dar com isso um primeiro passo para a emancipação da Grécia dos programas de assistência financeira. O terceiro resgate, cujo desembolso máximo será de 86 bilhões de euros, vence em agosto de 2018 e a partir dessa data a Grécia deverá se financiar exclusivamente nos mercados, ou solicitar nova ajuda caso necessite (Agência EFE).