O líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), anunciou, ontem (21), que o partido desistiu da proposta de voto em lista fechada no debate da reforma política.
A justificativa é a falta de apoio de parlamentares de outras bancadas. “Nós não temos votos suficientes para aprovar esse sistema que a gente chama de pré ordenada. Então queremos insistir no sistema proporcional, que é o de lista aberta, no qual o eleitor além de escolher o partido, escolhe o candidato”, disse referindo-se ao atual sistema de votação.
Ao explicar que o PT vai defender a manutenção do voto proporcional, Zarattini criticou outras propostas em discussão na Casa, como o chamado “distritão”, no qual apenas os mais votados são eleitos, independentemente de partido ou coligação. “Vem crescendo uma proposta que visa a manter os atuais deputados, que é o chamado “distritão”. Isso pode parecer bom para o eleitor, mas esconde uma grande tramoia. O número de candidatos vai cair violentamente, só vão ser candidatos os que já são deputados e isso vai diminuir a renovação nesta Casa”, argumentou.
O líder petista afirmou ainda que o PT negocia com a base aliada do governo para acelerar a votação da reforma política antes da apresentação de uma provável denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Temer. “No nosso modo de ver, ao chegar a denúncia na Câmara, nós vamos viver um momento de grande conturbação política (AE).