A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo subiu em fevereiro para 14,7%, pequena elevação em relação aos 14,% de janeiro.
Divulgados ontem (30), os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), elaborada todos os meses pela Fundação Seade e Dieese. Segundo os números, o contingente de desempregados foi calculado em 1,617 milhão de pessoas, 68 mil a mais do que no mês anterior. Esse volume é decorrente da redução do nível de ocupação com a eliminação de 133 mil postos de trabalho (-1,4%) e da População Economicamente Ativa, que registrou 65 mil pessoas deixando o mercado de trabalho, o que equivale a 0,6%.
Os dados indicam também que, em fevereiro, o nível de ocupação caiu 1,4% e o contingente de ocupados foi estimado em 9,384 milhões de pessoas. O resultado ocorreu em função da queda de empregados na indústria (-4,6%, equivalente a 68 mil postos de trabalho a menos), comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-3,6% ou a eliminação de 61 mil postos de trabalho) e serviços (-0,4%, com menos 21 mil postos de trabalho). O setor da construção civil permaneceu estável.
Quando analisados os últimos 12 meses, a taxa de desemprego alcançou 14,7% em fevereiro, enquanto no mesmo mês do ano passado chegou a 10,5%. “Crescer nesse período não é muito estranho, mas não vou dizer que é comum, porque estamos passando de 10,5% para 14,7%, o que não tem nada de usual. Nesse último período, demos um salto razoável. Voltamos ao nível pré-2008”, informou o coordenador da equipe de análise da Fundação Seade, Alexandre Loloian (ABr).