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Lula: “Não tem nesse país uma viva alma mais honesta do que eu”

em Manchete
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ex-presidente Lula disse que não existe “uma viva alma mais honesta do que eu” ao responder denúncias de envolvimento dele em esquemas de corrupção. “Se tem uma coisa de que me orgulho e que não baixo a cabeça para ninguém é que não tem nesse país uma viva alma mais honesta do que eu. Nem dentro da Polícia Federal, do Ministério Público, da Igreja Católica, da igreja evangélica, nem dentro do sindicato. Pode ter igual, mas eu duvido”, afirmou em uma entrevista de cerca de três horas concedida a blogueiros na sede do Instituto Lula.
Para ele, são remotas as chances de que seja indiciado nos processos que apuram corrupção na Petrobras e outras estatais. “O próprio Moro já disse que eu não sou investigado”, disse em referência ao magistrado que conduz os processos relativos a Operação Lava Jato.
O ex-presidente criticou a publicação de “mentiras” contra ele e sua família nos meios de comunicação. “O meu filho Fábio, o que fazem com ele é uma violência”, disse também em relação aos boatos espalhados nas redes sociais. Por isso, Lula disse que pretende processar sempre que forem publicadas inverdades contra ele na imprensa.
Na entrevista, Lula também defendeu o ex-ministro José Dirceu, afirmando que ele foi um dos responsáveis pelo espaço conquistado pelo PT na política brasileira. “O companheiro Zé Dirceu pode ter cometido um erro. Mas a gente tem que saber que ele é um dos responsáveis pela grandeza desse partido”, disse.
Segundo Lula, “o PT errou, cometeu práticas que nós condenávamos. O PT nasceu justamente para mudar a lógica da política dos partidos tradicionais”, ressaltou. Porém, o ex-presidente acredita que o partido passa por um processo de “criminalização”, onde são levantadas suspeitas até sobre doações legais de campanha. Para ele, as operações contra a corrupção na Petrobras estão cerceando o direito de defesa e violando direitos dos acusados. “Nem habeas corpus as pessoas estão conseguindo. Está muito mais difícil do que no tempo do regime militar”, disse (ABr).