O ChatGPT é uma ferramenta de inteligência artificial, um chatbot, que vem fazendo um imenso sucesso desde que foi lançado no final de 2022.
Vivaldo José Breternitz (*)
Ele é capaz de responder perguntas, fazer traduções, gerar poemas, criar ou resumir textos a partir de instruções que lhe são transmitidas por escrito a partir de computadores, smartphones e outros dispositivos similares; seu uso é bastante simples, leigos podem utiliza-lo com facilidade.
Mas agora, o ChatGPT está prestes a se tornar muito mais interativo, com seus usuários podendo buscar respostas usando imagens, como por exemplo, fazendo o upload de uma fotografia e perguntar ao chatbot o que a mesma mostra ou pedir instruções para fazer algo ligado à imagem – um exemplo, é carregar a fotografia de uma bicicleta e perguntar como se faz para abaixar o selim.
Mas não é só isso: os usuários também poderão comunicar-se com o ChatGPT por voz, para a execução das tarefas que o chatbot já executa – a ferramenta também poderá dar respostas por voz.
A nova funcionalidade pode gerar vozes semelhantes à de uma pessoa, a partir de texto e de uma amostra de alguns segundos da fala dessa pessoa. É algo muito útil para podcasters, por exemplo: eles poderão traduzir seus programas para outros idiomas mantendo sua própria voz original.
Essa nova tecnologia de voz abre portas para muitas aplicações criativas; no entanto, essas capacidades também trazem novos riscos, como a possibilidade de criminosos se passarem por figuras públicas ou cometerem fraudes.
As novas funcionalidades estarão disponíveis para usuários pagantes do ChatGPT nas próximas semanas e logo depois para os demais, ainda em uma versão beta.
Mais funcionalidades implicam em melhores serviços, mas também em maiores riscos – cuidado é cada vez mais necessário.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.
