O escândalo da manipulação de resultados no futebol brasileiro está na mira da Polícia Federal e não é algo novo. Outras fraudes ligadas ao esporte mais popular do Brasil ocorreram desde o século passado. O elemento novo desta vez é o emprego da tecnologia para dar suporte a este tipo de crime.
“As investigações iniciais detectaram o emprego de robôs para fazer as apostas em mais de 30 contas criadas pelos criminosos. Eles precisavam dividir o valor alto da aposta fraudulenta em vários jogos de valor menor para não chamar a atenção das casas de apostas. Os robôs fazem automaticamente os jogos como se fossem apostadores reais”, explica Bernardo Manfredini, diretor e fundador da Click Alert, primeira empresa brasileira especializada na otimização de investimentos em marketing digital por meio do combate a fraudes e abusos de marca na mídia online.
Segundo Bernardo Manfredini, como ocorre com toda tecnologia disruptiva, os robôs podem ser empregados em ações positivas para a sociedade como um todo ou em atividades ilegais, como neste caso das apostas fraudulentas. “É na própria tecnologia que devem ser procuradas as respostas para eliminar os problemas gerados por condições que ela mesma criou”, pondera o executivo.
A Click Alert monitora de forma contínua, 24 horas por dia, o tráfego da Internet buscando por irregularidades como sites e perfis falsos, bem como acessos automatizados se passando por pessoas. “Empresas que em suas campanhas de mídia digital adotam o PPC (Pagamento por Click) ficam sujeitas a cliques falsos, gerados de forma automatizada por robôs. É uma outra modalidade de fraude que rastreamos e identificamos analisando milhares de anúncios diariamente em todo o território brasileiro”, informa o executivo.
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