O empreendedorismo digital tem ganhado cada vez mais destaque devido às oportunidades de ter o próprio negócio sem precisar de espaços físicos. Esse movimento foi potencializado, principalmente, por conta da pandemia da Covid-19, que chamou a atenção das pessoas para o trabalho digital.
De acordo com a Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, no primeiro quadrimestre de 2022, o Brasil registrou a abertura de mais de 1,3 milhão de empresas no país, um aumento de 11,5% em relação ao último quadrimestre de 2021. Além disso, a análise do Índice de Transformação Digital da Dell Technologies apontou que em 2020, 87,5% das empresas no Brasil aceleraram seus projetos de transformação digital.
De forma simples, o empreendedorismo digital é um modelo de negócio que utiliza a internet para comercializar serviços ou produtos, sem a necessidade de pontos físicos. “Muitas empresas observaram que atividades que eram executadas presencialmente, poderiam ser feitas sem nenhum problema no formato digital”, afirma Leonardo Puerta, executivo de contas do Atendimento Corporativo do Senac São Paulo.
A abertura de um negócio físico envolve diversos custos, como aluguel, contas de consumo, adaptação de ambiente, dentre outros, o que pode se tornar um grande obstáculo. “Agora, quando falamos sobre uma marca ou um negócio 100% digital, o investimento normalmente é bem menor, pois não é necessária uma infraestrutura física grande, nem equipes maiores, além da redução de outros custos que são comuns em negócios físicos. Basicamente, com um computador, tablet ou até mesmo um celular é possível iniciar o seu negócio digital. Mas atenção: ter um controle financeiro é fundamental para evitar problemas futuros”, explica Puerta.
Esse novo cenário é promissor e exige das empresas uma atuação que atenda a necessidade do seu público. A internet tem ocupado um espaço cada vez maior no dia a dia dos consumidores. A ampliação de opções para criação de negócios virtuais tem gerado oportunidades para empreender e prestar serviços cada vez mais qualificados. “Estar presente no ambiente virtual deixa de ser uma opção e torna-se uma necessidade para a sobrevivência das empresas. Esse modelo de negócio é apontado por especialistas como o formato do futuro”, afirma o especialista.
Um dos grandes benefícios é melhorar a performance, com opções de investimentos de acordo com a demanda. O mercado digital requer conhecimentos específicos, pois o consumidor apresenta comportamentos distintos ao comprar pela internet. Estar preparado é fundamental para acompanhar as tendências e ter melhores resultados. “Além de estar atento às novidades é preciso preparação para empreender um negócio digital, conquistando reconhecimento perante seus clientes e mercado. Existem atualmente cursos, e-books, videoaulas, que permitem aos interessados se desenvolverem nesta área. Este mercado está em constante evolução e novos aprendizados são essenciais para se manter ativo”, afirma Leonardo.
Um bom exemplo do potencial do empreendedorismo digital pode ser visto no modelo de negócio de uma escola de idiomas, com operação totalmente presencial e baixo alcance de alunos por conta da sua localidade. Com o empreendedorismo digital, é possível expandir o serviço para o formato de ensino on-line e conquistar novos públicos. “Um negócio digital permite que a empresa possa se comunicar e fazer vendas com maior facilidade, pois as barreiras geográficas são baixas. Para alcançar mais resultados, é importante analisar cada modelo de negócio e se capacitar para ter a rentabilidade que espera”, conclui o executivo.
