Apenas alguns meses após o começo da pandemia, diversas empresas em países como Estados Unidos, Austrália e Alemanha passaram a observar uma tendência: muitos dos seus funcionários estavam deixando os empregos porque queriam, entre outras mudanças, mais flexibilidade no trabalho (não queriam voltar para o escritório ainda ou queriam poder escolher que dias da semana trabalhar de casa, por exemplo).
Esse fenômeno foi batizado de “great resignation”, algo como “grande debandada”, e passou a preocupar empresas do mundo todo. Mas como evitar que algo semelhante à “great resignation” aconteça nas empresas no Brasil? O que foi feito no exterior?
Atualmente, com um ambiente de negócios prejudicado pelos muitos meses de pandemia, muitos gestores podem se sentir divididos entre investir para reter os funcionários e poupar para conquistar bons resultados para o negócio – mas não é preciso fazer uma escolha. “O sucesso de uma empresa depende dos seus funcionários e capacitá-los trará ganhos já em 2022 e a longo prazo”, diz Raphael Spinelli, diretor regional da Udemy para a América Latina.
“A prioridade dos gestores agora deve ser fazer com que os melhores talentos permaneçam na empresa e com que eles possam continuar adquirindo habilidades para se manterem competitivos”. De acordo com um novo estudo da Udemy Business sobre as tendências de aprendizado para este ano, chamado 2022 Workplace Learning Trends, alguns dos benefícios para as empresas ao investirem no treinamento dos seus funcionários podem ser, além de reter talentos, manter a equipe engajada, aumentar a sua produtividade e apoiar a inovação.
Ou seja, ao investir na carreira dos próprios funcionários, as empresas podem evitar a “great resignation” – e, com isso, o custo de estar sempre contratando novo pessoal. “As empresas não podem se dar ao luxo de perder profissionais como líderes e membros das equipes financeira, de marketing, de tecnologia, de experiência do cliente e de outras equipes essenciais, que fazem toda a diferença para a qualidade e para o sucesso do negócio”, afirma Raphael Spinelli.
Um complemento para evitar a “grande debandada” é permitir que os funcionários tenham uma rotina mais flexível, considerando que eles estão vivendo tempos que jamais imaginaram – por exemplo, muitos deles passaram meses trabalhando com os filhos em casa. O escritório da consultoria PwC na Austrália fez um estudo sobre o fenômeno com 1.800 profissionais do país no ano passado. Desses profissionais, 38% afirmaram ter a intenção de deixar os seus empregos durante o próximo ano.
Além disso, 25% deles disseram que as razões pelas quais eles costumam decidir trabalhar numa empresa não são as mesmas que fazem com que eles decidam ficar. Por essa e outras razões, é importante para as empresas investirem no bem-estar e no treinamento dos seus funcionários. – Fonte e outras informações, acesse: (https://www.udemy.com/pt/).