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Pandemia fomenta mercado de venda de créditos vencidos no Brasil

em Destaques
quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

A poucos dias para fechar o ano de 2020, o mercado continua prevendo oscilações. Em termos econômicos, a pandemia foi arrebatadora e de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) a quantidade de famílias endividadas bateu recorde histórico em agosto, com a marca de 67,5%, o maior nível desde o início de sua realização, em janeiro de 2010.

Diante desse cenário, que tende a crescer ainda mais com o fim do auxílio emergencial do governo, muitas empresas veem suas receitas serem muito impactadas com a inadimplência. Aí é que, com a chegada do fechamento anual de balanço e a necessidade de melhorar o fluxo de caixa, um novo mercado tem despontado entre todos os tipos de empresa: o de cessão de créditos.

Para quem não tem muita familiaridade com o assunto, a cessão de créditos é uma negociação em que uma empresa vende sua carteira de dívidas vencidas para um investidor que, com experiência neste mercado de ativos problemáticos, irá buscar a recuperação através de ações de cobrança direcionadas.

Já o credor, que vendeu a carteira, recupera parcialmente o valor do que lhe era devido e não precisa mais investir tempo e dinheiro em uma área que provavelmente não seja seu ponto forte, de cobrança.

“A Cessão de Créditos é uma ótima alternativa para que empresas ‘limpem seus balanços’ e repassem estes ativos de difícil recuperação. Existem empresas especializadas em avaliar, adquirir e cobrar créditos vencidos acima de 1, 2 ou até 5 anos, ajuizados ou não, com garantias ou não. Este mercado tende a crescer nos próximos meses pela piora na capacidade de pagamento dos devedores, principalmente devido à pandemia”, avalia Maxiuel Cerizza, especialista na área com mais de dez anos de experiência.

Para ele, o ano de 2021 deve crescer 20% em relação a 2019 quando se fala desde mercado. “Devemos considerar que 2020 foi ano atípico e que poucas operações foram/serão concretizadas”, complementa. Antes mesmo da pandemia começar, uma plataforma foi lançada por especialistas com o objetivo de fomentar esse mercado.

A premissa é simples: uma ferramenta que conecta os Investidores interessados nesta modalidade de ativos com as oportunidades no mercado, e ainda a oferta do trabalho de Advisor prestando consultoria para empresas que possuam carteira de créditos vencidos, mas não sabem como funciona o processo de venda.

Quem teve a ideia do negócio foi Maxiuel Cerizza, que atua nesta área há mais de 18 anos e vislumbrou que este mercado poderia ter uma tramitação mais fácil e ágil. E vem dando certo. Em pouco mais de nove meses, o Portal Cessão de Créditos já tem mais de 150 investidores cadastrados e disponibiliza atualmente, para avaliação e aquisição, diversas carteiras de créditos vencidos que somam mais de 235 mil créditos e saldo de R$ 250 milhões.

Não há custo para se cadastrar como Investidor e avaliar as oportunidades, bem como para cadastrar carteiras de volume baixo (menores que R$ 1 milhão). Já para carteiras mais estruturadas é recomendável que o potencial cedente seja assistido pelos profissionais da plataforma.

A plataforma é bastante democrática, pois é possível cadastrar carteiras de créditos com saldos menores, acima de R$ 300 mil. “Até o momento os maiores players deste mercado trabalham apenas com ativos acima de R$ 50 milhões”, conta Cerizza.

Outra vantagem do portal é o serviço de Advisor, ou seja, a consultoria para empresas que tem carteiras de créditos não performados e desconhecem os tramites do processo de cessão.

Com a expertise de quem é especialista na área, Maxiuel garante que esse tipo de serviço é importante no processo de venda para trazer mais credibilidade. Além disso, os custos são acessíveis em comparação ao que já existe hoje no mercado.

“Nosso objetivo é fomentar, com qualidade e responsabilidade, a cessão de créditos no Brasil e oferecer uma nova oportunidade que antes sequer era considerada por empresários por desconhecimento do processo”, finaliza.

Fonte: No Ar Assessoria & Comunicação.